Temperatura

28/01/2024 18:45h

A temperatura pode variar entre 18ºC e 30ºC nas capitais da região

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Na manhã desta segunda-feira (29), a previsão é de muitas nuvens com pancadas de chuva e trovoadas isoladas no norte de Minas Gerais, em cidades como Montes Claros, Januária e Salinas. Há um alerta de perigo do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para chuvas mais volumosas, predominantemente no estado, que podem chegar a 100 milímetros. As cidades de Almenara e Ibiracatu, em Minas, e Boa Esperança (ES) estão sob alerta.  

Grande parte do Espírito Santo, incluindo Vitória, tem possibilidade de chuva isolada nesta tarde de segunda-feira, assim como no Rio de Janeiro. São Paulo é o estado com menos possibilidade de chuva, mas tem céu com muitas nuvens durante todo o dia. 

O litoral paulista, Rio de Janeiro e Espírito Santo e grande parte de Minas Gerais estarão sob alerta amarelo, que representa perigo potencial, com chuva entre 50 e 60 milímetros. 

Já durante a semana, há previsão de pancadas de chuvas localmente fortes em áreas de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, que devem ultrapassar os 80 milímetros. Nas demais áreas, são previstos menores acumulados de chuvas.

Isso porque ocorre uma migração do canal da umidade que vai avançando desde Minas Gerais e se deslocando um pouco mais para o sul da região, como explica o meteorologista do Inmet Heráclio Alves. 

“Até quarta-feira grande (31), parte de Minas Gerais, Espírito Santo e norte do Rio de Janeiro predomina tempo mais encoberto e chuvoso, com pancadas no período da tarde. A partir de quarta, essas chuvas ficam mais concentradas entre o norte e leste de São Paulo, incluindo metade sul de Minas e também no Rio, onde podem ocorrer pancadas de chuva. Atenção principalmente para as áreas serranas tanto no Rio de Janeiro quanto no leste de São Paulo, onde pontualmente pode ocorrer um volume mais significativo”, pontua. 

A temperatura mínima entre as capitais, nesta segunda-feira (29), fica na casa dos 18ºC em São Paulo e a máxima será de 30ºC, no Rio de Janeiro.

As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia.

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15/01/2024 00:06h

O Inmet prevê dias com chuvas intensas, raios e possibilidade de queda de granizo. Os brasileiros devem estar atentos às condições adversas e tomar precauções para evitar possíveis transtornos

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O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê uma semana chuvosa na maioria dos estados brasileiros, marcada pelo calor e umidade típicos do verão. Alertas para chuvas "intensas" e até queda de granizo em áreas do país.

Sul

O instituto prevê volume significativo de chuvas, trovoadas e rajadas, especialmente no Rio Grande do Sul. Na terça-feira (16), pode ocorrer queda de granizo no norte gaúcho e faixa sudeste catarinense.

Municípios como Alto Feliz (RS), Alecrim (RS), Água Santa (RS), Aberlado Luz (SC) e Águas Frias (SC) podem enfrentar chuvas intensas, ventos fortes e queda de granizo.

Norte e Nordeste

Na faixa norte do país, a previsão é de chuvas influenciadas pela Zona de Convergência Intertropical (ZCIT).

Expectativa de pancadas de chuva, raios, rajadas de vento e trovoadas na região Norte, especialmente no Amazonas, Rondônia, Pará, nordeste do Amapá e Tocantins.

Na região Nordeste, chuvas podem ocorrer no Maranhão, Piauí e Bahia, com destaque para acumulados acima de 50 mm. Possibilidade de chuvas isoladas nos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e chuvas no sudoeste do Ceará.

Sudeste e Centro-Oeste

Previsão de chuvas intensas com volumes de 100 a 150 mm em boa parte das regiões Centro-Oeste e Sudeste.

O Inmet prevê acumulados significativos em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul.

Possibilidade de queda de granizo na quinta e sexta-feira em áreas específicas, como norte do Rio de Janeiro e sul do Espírito Santo.

Temperatura

Ao longo da semana, o país deve registrar máximas acima de 34°C, podendo chegar a 39°C nas Regiões Norte, Nordeste e Sul. Mínimas inferiores a 26°C no centro-sul do país.

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07/01/2024 13:45h

Chuvas e calor devem permanecer nos próximos dias, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet)

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Chuvas e calor intensos devem afetar grande parte do país nesta semana, que começa com alerta de tempestades nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste, além de parte da Bahia e do Rio Grande do Sul. É o que explica o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) Cleber Souza.

“Há previsão de pancadas de chuvas significativas na maioria das regiões do Brasil, com exceção do Nordeste. Como a massa de ar quente começa a ganhar força, não tem chuvas significativas para o interior e parte do litoral do Nordeste. Então a semana segue com as chuvas ocorrendo em boa parte das regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste e, ao longo da semana, a frente fria vai se originar no região Sul e mantém as pancadas de chuva em boa parte dos estados do Sul”, afirma. 

O Inmet recomenda não se abrigar debaixo de árvores e não estacionar veículos próximo a torres de transmissão e placas de propaganda em casos de tempestade com rajadas de ventos. De acordo com o Instituto, também é importante remover aparelhos elétricos das tomadas. 

Calor

O verão é a estação mais quente do ano e vai até março. Por isso, o calor segue intenso em grande parte do país nesta semana. O Inmet prevê temperaturas de até 40º. As mínimas devem variar entre 13º no Sul e Sudeste — e 21º no Norte do país, segundo Cleber Sousa. 

“No Nordeste, onde fica mais quente, a temperatura é de 40º, principalmente em Alagoas e Pernambuco. No Norte, 39º. No Centro-Oeste temperaturas bastante quentes também, 40º em Mato Grosso do Sul e no Sul as temperaturas bastante elevadas 37º ocorrendo em áreas no Paraná. No Rio Grande do Sul também pode ter temperaturas altas”, explica. 

Vacina contra dengue começa a ser aplicada em fevereiro no Brasil
 

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27/12/2023 00:02h

Com uso intenso de ventiladores e aparelhos de ar-condicionado nas residências e empresas, aumento chegou a 11,4% em novembro, segundo Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE)

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O recorde histórico de calor batido em novembro passado fez o consumo de energia elétrica disparar em todo o país. O aumento foi de 11,4% em relação ao mesmo mês de 2022, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Tudo isso graças ao aumento do uso de aparelhos de ar-condicionado e ventiladores. 

A advogada Maria Alice Coutinho, que mora em Independência, no Ceará, cansou de sentir calor e comprou o aparelho de ar-condicionado. Já no primeiro mês viu a conta mais que dobrar. O valor passou de R$ 100 para R$ 250 por mês. “Eu costumo ligar o aparelho entre 23h e 6h da manhã, mesmo assim senti o impacto na conta.” 

Maria Alice faz parte dos consumidores do chamado mercado regulado, que inclui residências e pequenas empresas que contratam eletricidade diretamente das distribuidoras. Nesse segmento, o aumento chegou a 15,2% no comparativo anual.

O engenheiro elétrico Guilherme Barcellos explica que “a própria onda de calor pode explicar o aumento do consumo, uma vez que, com o maior calor, a tendência é dos equipamentos de ar-condicionado e refrigeração funcionarem por mais tempo e em potência máxima por um período maior”.

Além disso, o uso mais intenso dos equipamentos exige que a manutenção seja mais frequente e, caso ela não seja feita, a eficiência pode diminuir e a tendência é que esses aparelhos consumam mais energia, explica o engenheiro.

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Setores da economia que mais consumiram 

Os setores de serviços e comércio foram os que mais tiveram aumento no consumo em novembro, 16,2% e 14,1% respectivamente. São ramos que, além do impacto da temperatura, com a necessidade de um uso mais intenso de equipamentos de refrigeração em shoppings, hotéis e supermercados, também usaram mais energia para garantir estoque para as festas de fim de ano.

Por conta disso, todos os estados do país aumentaram o consumo de eletricidade em novembro com relação ao ano passado. No Espírito Santo, essa alta do consumo de energia chegou a 28,4%. Em seguida, vem Mato Grosso (28%), Maranhão (22,9%), Acre (19,3%) e Rio de Janeiro (19,2%).

Dicas para aliviar o bolso

O engenheiro Guilherme Barcellos explica que a escolha do equipamento é um dos principais fatores para se conseguir equilibrar o consumo de energia. 

“O ideal é sempre buscar por equipamentos com a tecnologia inverter e que tenham classificação de consumo do Procel — aquela etiqueta que vem no equipamento – A ou superior. Além disso, é importante manter a manutenção em dia, equipamentos do tipo split Hi-Wall, comuns em residências e lojas comerciais, tipicamente precisam de uma limpeza realizada por profissional capacitado anual além da limpeza de filtros que pode ser feita pelo usuário.”

Barcellos ainda explica que a limpeza anual é fundamental para que o equipamento funcione em sua máxima eficiência e consuma menos energia. Outra dica importante é com relação a temperatura, que deve ser confortável para o ambiente — ela deve ficar entre 22ºC e 24°C. “Configurar o equipamento para temperaturas mais baixas não vai fazer com que o ambiente gele mais rápido. Além disso, vai fazer com que o equipamento trabalhe em potência máxima por mais tempo e, consequentemente, consuma muito mais energia, sem necessidade.”
 

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17/12/2023 16:30h

Mudança de estação acontece na madrugada de sexta-feira (22), às 0h27

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A última semana da primavera no Brasil pode ter pancadas de chuva em todas as regiões do país. É o que aponta o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Segundo a previsão, as regiões que devem registrar maiores acumulados de chuva — mais de 80 mm — são Centro-Oeste, Sudeste e parte do Norte.

Depois da onda de calor que passou pelo país nos últimos dias, as chuvas serão causadas pelo aumento da umidade associado ao calor típico desta época do ano, como explica o meteorologista do Inmet, Olívio Bahia. 

“A umidade, o conteúdo de água na atmosfera aumenta em todo o Brasil. [A temperatura] cai para a casa dos 36ºC/38ºC em algumas áreas, o que não configura onda de calor, mas ainda é quente. Esse calor, com o aumento da umidade, já vai provocar pancadas de chuva generalizadas e pode ter temporais ao longo desta semana”, observa.

Ainda segundo o meteorologista, a semana do dia 18 a 24 de dezembro não será marcada por nenhum fenômeno especial e as temperaturas no Brasil como um todo devem ficar em torno dos 30ºC. 

Olívio Bahia fala ainda sobre a onda de calor que terminou no domingo (17) e a mudança no cenário em relação à seca.

“As temperaturas tem que ficar pelo menos cinco graus acima da média durante um determinado período, três dias ou mais, mas não quer dizer que a gente vai ter frio. Estamos caminhando para o verão, esse período é caracterizado justamente pelo calor e pelas pancadas de chuva, que inclusive estão abaixo da média”, explica. 

O verão no Hemisfério Sul começa na sexta-feira (22), exatamente às 0h27. 

Regiões

Na região Norte do país, Amazonas, Acre, Rondônia, Tocantins, o sul do Pará e o leste do Amapá devem ter acumulados de chuva maiores que 70 mm. Nas demais áreas chove pouco, até 20 mm.

Bahia, Sergipe e no sul do Maranhão e do Piauí, no Nordeste, receberão pancadas de chuva ao longo da semana. Já nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, a previsão é de pancadas de chuva localmente fortes, podendo ultrapassar 80 mm.

No Sul, em geral, a previsão é de pouca chuva, com exceção do Paraná, que deve registrar acumulados maiores que 20 mm.

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18/11/2023 07:00h

De acordo com a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), por conta da condição climática o gasto de água pela população aumentou em 20%

Com temperaturas alcançando os 40ºC em Minas Gerais, uma das principais alternativas para aliviar o calor tem sido tomar vários banhos ao longo do dia e aumentar o consumo de água. De acordo com a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), por conta da condição climática o gasto de água pela população aumentou em 20%. 

De acordo com o governo estadual o aumento de consumo de água é preocupante, especialmente devido ao seu potencial impacto no abastecimento em municípios como Santa Luzia, Lagoa Santa, Ribeirão das Neves, Esmeraldas, Mateus Leme, Pedro Leopoldo e Vespasiano.

Larissa Fernandes Gontijo, pedagoga de 25 anos e moradora em Paracatu, compartilha que só terá certeza sobre o aumento no consumo de água quando receber a fatura do mês. Ela destaca que, devido ao calor, sua família tem aumentado a frequência de banhos ao longo do dia. Além disso, Larissa menciona que a casa está sendo limpa com mais frequência devido à poeira, resultante das condições climáticas.

"A gente vai poder calcular melhor na nossa próxima conta, mas tenho certeza que aumentou por conta do calor e, assim, por conta da poeira não dá para manter a casa. Então a casa mais vezes está sendo limpa mais vezes e os banhos aumentaram porque está muito quente. Então, tudo isso com certeza aumentou”, afirma a pedagoga. 

Cuidados com a pele no calor 

O dermatologista Tiago Silveira destaca a importância de redobrar os cuidados com a pele em altas temperaturas. Segundo o especialista, a falta de proteção pode resultar em queimaduras intensas e até mesmo aumentar o risco de desenvolver câncer de pele. Segundo ele, um dos principais passos que a pessoa deve fazer é passar uma boa camada de protetor solar, beber bastante água, se alimentar bem e não se expor diretamente ao sol é uma das estratégias para se cuidar. 

“É importante aumentar a hidratação, consumindo pelo menos dois a três litros de água diariamente, incluindo sucos de frutas e água de coco. Além disso, o uso adequado do filtro solar é essencial devido à maior exposição à radiação ultravioleta (UV) durante essa estação. Recomenda-se aplicar uma camada generosa de filtro solar para garantir proteção eficaz, evitando a prática comum de espalhar uma camada fina. Além disso, é importante evitar a exposição ao sol nos horários de pico, entre 10h e 16h, buscando áreas sombreadas e utilizando acessórios como bonés e chapéus para proteção adicional”, explica o especialista.

Segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), o mês de novembro é tipicamente caracterizado por chuvas, tornando o calor intenso algo fora do comum para essa época do ano. O INMET explica que as altas temperaturas foram ocasionadas por uma predominante massa de ar seco continental, uma condição atípica que pode ser associada ao fenômeno climático El Niño.

Segundo o instituto, o que se espera para os próximos dias é uma forte mudança nas condições climáticas, com predominância de pancadas de chuvas e uma redução nas temperaturas. 
 

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18/11/2023 07:00h

De acordo com a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), por conta da condição climática o gasto de água pela população aumentou em 20%

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Com temperaturas alcançando os 40ºC em Minas Gerais, uma das principais alternativas para aliviar o calor tem sido tomar vários banhos ao longo do dia e aumentar o consumo de água. De acordo com a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), por conta da condição climática o gasto de água pela população aumentou em 20%. 

De acordo com o governo estadual o aumento de consumo de água é preocupante, especialmente devido ao seu potencial impacto no abastecimento em municípios como Santa Luzia, Lagoa Santa, Ribeirão das Neves, Esmeraldas, Mateus Leme, Pedro Leopoldo e Vespasiano.

Larissa Fernandes Gontijo, pedagoga de 25 anos e moradora em Paracatu, compartilha que só terá certeza sobre o aumento no consumo de água quando receber a fatura do mês. Ela destaca que, devido ao calor, sua família tem aumentado a frequência de banhos ao longo do dia. Além disso, Larissa menciona que a casa está sendo limpa com mais frequência devido à poeira, resultante das condições climáticas.

"A gente vai poder calcular melhor na nossa próxima conta, mas tenho certeza que aumentou por conta do calor e, assim, por conta da poeira não dá para manter a casa. Então a casa mais vezes está sendo limpa mais vezes e os banhos aumentaram porque está muito quente. Então, tudo isso com certeza aumentou”, afirma a pedagoga. 

Cuidados com a pele no calor 

O dermatologista Tiago Silveira destaca a importância de redobrar os cuidados com a pele em altas temperaturas. Segundo o especialista, a falta de proteção pode resultar em queimaduras intensas e até mesmo aumentar o risco de desenvolver câncer de pele. Segundo ele, um dos principais passos que a pessoa deve fazer é passar uma boa camada de protetor solar, beber bastante água, se alimentar bem e não se expor diretamente ao sol é uma das estratégias para se cuidar. 

“É importante aumentar a hidratação, consumindo pelo menos dois a três litros de água diariamente, incluindo sucos de frutas e água de coco. Além disso, o uso adequado do filtro solar é essencial devido à maior exposição à radiação ultravioleta (UV) durante essa estação. Recomenda-se aplicar uma camada generosa de filtro solar para garantir proteção eficaz, evitando a prática comum de espalhar uma camada fina. Além disso, é importante evitar a exposição ao sol nos horários de pico, entre 10h e 16h, buscando áreas sombreadas e utilizando acessórios como bonés e chapéus para proteção adicional”, explica o especialista.

Segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), o mês de novembro é tipicamente caracterizado por chuvas, tornando o calor intenso algo fora do comum para essa época do ano. O INMET explica que as altas temperaturas foram ocasionadas por uma predominante massa de ar seco continental, uma condição atípica que pode ser associada ao fenômeno climático El Niño.

Segundo o instituto, o que se espera para os próximos dias é uma forte mudança nas condições climáticas, com predominância de pancadas de chuvas e uma redução nas temperaturas. 
 

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15/11/2023 04:45h

Estudo indica aumento notável nas anomalias de temperatura máxima em todo o Brasil; fenômeno pode levar à perda de safras

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A onda de calor que atualmente atinge o Brasil pode trazer prejuízos para o setor do agronegócio a longo prazo. O país está passando por mudanças climáticas significativas, revelam os resultados de um estudo conduzido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)

Ao analisar dados climáticos dos últimos 60 anos, os pesquisadores identificaram maiores tendências nas séries de precipitação, temperatura máxima e extremos climáticos como dias consecutivos secos, precipitação máxima em 5 dias e ondas de calor. 

Os resultados indicam um aumento notável nas anomalias de temperatura máxima, especialmente na região Nordeste, onde as temperaturas atingiram 3°C acima do período de referência. A análise também destacou alterações na precipitação acumulada, com quedas  — entre 10% e 40% — nas regiões Nordeste até o Sudeste e na região central do Brasil, enquanto houve aumento entre 10% e 30% na área que abrange os estados da região Sul e parte de São Paulo e Mato Grosso do Sul.

O principal impacto no agronegócio está associado não apenas ao calor, mas também à irregularidade na distribuição das chuvas. É o que explica Gilberto Cunha, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Cunha destaca que muitas lavouras de soja não puderam ser plantadas este ano devido ao calor extremo. Já aquelas que foram plantadas mais cedo exigiram replantio, resultando em elevação de custos e atraso na semeadura da soja

Quanto mais se atrasa a área de soja, maior é o risco para a cultura do milho, que será semeado no final do verão e início do outono de 2024. Segundo o estudo do Inpe, a tendência é que dias consecutivos sem chuva, dias com temperaturas extremas e ondas de calor se tornem mais frequentes; como consequência, o cenário de atrasos nos plantios continuaria a se perpetuar.

Francisco de Assis, meteorologista e consultor climático, pontua que as mudanças climáticas em pauta também podem ocorrer através de eventos extremos meteorológicos cada vez mais intensos, resultando em um aumento significativo de desastres naturais. Esses eventos incluem enchentes, secas mais severas e frequentes, altas temperaturas, ondas de calor e até mesmo, ocasionalmente, ondas de frio mais intensas. Por serem fenômenos mais agressivos, poderiam gerar danos ao agronegócio de difícil reversão.

Para Assis, essas condições adversas são claramente atribuídas à mudança climática em andamento. O Brasil está enfrentando impactos consideráveis devido à sua vasta extensão territorial.

“Esta é uma situação que requer esforços conjuntos da população e do governo para enfrentar de forma eficaz. A adaptação a essas transformações climáticas torna-se uma necessidade premente, demandando uma abordagem colaborativa e coordenada para combater os impactos dessa nova realidade”, completa.

Calor extremo

O calor extremo que tem impactado diversos estados brasileiros deverá persistir ao longo da próxima semana. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de "grande perigo" para seis estados (Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul), além do Distrito Federal, com término às 23h59 da quarta-feira (15). No entanto, conforme explicou Andrea Ramos, meteorologista do Inmet, isso não indica que as altas temperaturas irão diminuir.

As temperaturas nessas regiões continuarão a ficar 5 graus Celsius acima da média. No norte do país, a previsão é de que a umidade permaneça abaixo de 20%.

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12/11/2023 16:27h

Onda de calor está prevista até quarta-feira (15); altas temperaturas e baixa umidade irão continuar

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O calor extremo que afeta os estados brasileiros deve persistir na próxima semana. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de “grande perigo” para seis estados (Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, e Rio Grande do Sul) e o Distrito Federal —  que termina às 23h59 da quarta-feira (15). No entanto, conforme explica Andrea Ramos, meteorologista do Inmet, isso não significa que as altas temperaturas irão recuar.


As temperaturas nessas regiões permanecerão 5 graus Celsius acima da média. No norte do país, espera-se que a umidade fique abaixo de 20%. Segundo Ramos, será realizada uma nova avaliação na terça-feira (14) para determinar se a onda de calor permanecerá. Independente desse resultado, diz ela, deve-se esperar baixa umidade e altas temperaturas. Em Brasília, a máxima esperada é de 37ºC.

Na última semana, houve registros de temperaturas máximas acima de 36°C em boa parte do centro e norte do país. Registraram-se picos extremos de temperatura máxima superiores a 40°C em áreas das regiões Norte e Nordeste, além de Mato Grosso.

A semana se inicia mantendo os padrões de chuvas já observados, principalmente no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Chuvas e tempestades ainda podem atingir o Sul, Sudeste e Centro-oeste em forma de pancadas fortes ou até mesmo queda de granizo, a partir de quarta-feira. No nordeste, no entanto, a possibilidade de chuva é baixa.
 

Cuidados especiais

As condições de alta temperatura e baixa umidade representam um risco significativo para a saúde, tornando fundamental manter-se bem hidratado. O Ministério da Saúde recomenda o uso de lençóis leves na cama, com roupas frescas e leves ao dormir, especialmente bebês e aqueles que estão acamados. É importante manter os ambientes úmidos usando umidificadores de ar, toalhas molhadas ou recipientes com água.

Evite estar diretamente sob a luz solar, especialmente durante o período entre 10h e 16h. Se precisar estar exposto ao sol, utilize protetor solar para proteger a pele dos raios ultravioleta  — e é recomendado o uso de  acessórios, como chapéus e óculos escuros. 
 

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23/10/2023 00:05h

A previsão indica diminuição das chuvas na parte norte do país e aumento significativo na região Sul

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A previsão do clima no Brasil para os próximos dias indica maior probabilidade de chuva abaixo da faixa entre o Leste, Centro e faixa Norte do país. A maior probabilidade aparece em alguns pontos dos estados do Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí e Bahia, conforme dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A meteorologista Andrea Ramos, do instituto, diz que o fenômeno climático El Niño atuará ao longo da semana, com previsão de se estender até janeiro de 2024. A especialista aponta que o calor em algumas regiões também está associado ao fenômeno climático e que isso pode ter impacto direto na agricultura.

“O El Niño tem dois sinais muito bem marcantes aqui, no Brasil. Diminui as chuvas na parte norte do país, que envolve a região Norte e uma parte da região Nordeste, e aumenta as chuvas na região Sul. As frentes frias que também atuam, comuns na Primavera, aumentam a intensidade e frequência desses eventos que proporcionam chuvas ali, na região Sul, enquanto que na parte Centro e Norte, está favorecendo calor, justamente pela influência dele e isso vai ter impacto direto na questão da agricultura”, explica.

Entre a Região Sul, grande parte de Mato Grosso do Sul, São Paulo e sul de Minas Gerais, a previsão indica maior probabilidade de chuva acima da faixa normal. Segundo Andrea Ramos, esta previsão reflete as características típicas de El Niño sobre o Brasil. “Na faixa central do país, o período é de transição e não se descartam episódios de chuva expressiva em algumas localidades. A previsão de temperatura indica maior probabilidade de valores acima da faixa normal na maior parte do país”, observa.

Pela sensibilidade da agricultura às variações climáticas, a meteorologista diz que é essencial compreender como o El Niño pode alterar as condições climáticas e, consequentemente, impactar na produção agrícola brasileira.

“Normalmente, em anos de El Niño, é comum observar o aumento da disponibilidade hídrica no Centro-Sul do Brasil, o que tende a beneficiar algumas culturas. No entanto, o excesso de chuva na região Sul pode aumentar a umidade e a severidade de doenças em plantas, exigindo maior vigilância e cuidados no monitoramento e manejo das culturas”, destaca.

Para as demais regiões do país a previsão é de condições mais secas do que o normal ao longo dos próximos dias, com destaque para a região amazônica, principalmente no centro-leste da região, onde a influência do fenômeno El Niño é maior.

Em comunicado publicado no último dia 17 de outubro, o Inmet aponta para possíveis "perdas significativas de produtividade" em áreas do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), por conta de redução dos níveis de água no solo. "No Brasil Central, a irregularidade da chuva também pode dificultar o manejo agrícola e afetar a produtividade", segue a publicação.

Temperatura

Durante a semana, as temperaturas máximas ainda continuarão altas em grande parte do país, com valores maiores que 30°C e que poderão ultrapassar 40°C, especialmente em áreas do Centro-Oeste e sul da região Norte. Já na região Sul, se aproxima uma alta, prós-frontal de um anticiclone, que vai favorecer a queda de temperaturas. “Vai ter um declínio de temperaturas acentuado, principalmente no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, mas na parte sul, que envolve o sul do Paraná, já é a entrada da massa de ar fria em função do anticiclone pós-frontal, revela Andrea Ramos. 

Possibilidade de chuva

A Região Norte tem previsão de chuva que pode ultrapassar 50 mm, especialmente no noroeste do Amazonas e no Acre. Já no Amapá e nordeste do Pará, haverá predomínio de tempo seco e sem chuva.

Na Região Nordeste, são previstos baixos acumulados de chuva, menores que 50 mm. No entanto, em áreas do centro-sul da Bahia, os volumes poderão ultrapassar 50 mm, enquanto no extremo norte, haverá predomínio de tempo seco e sem chuva durante toda a semana.

Em grande parte das regiões Centro-Oeste e Sudeste, há previsão de baixos acumulados, que não devem ultrapassar 50 mm. Entretanto, em áreas do leste da Região Sudeste, os volumes de chuva poderão ser maiores que 70 mm, especialmente em São Paulo e Minas Gerais.

Para a Região Sul, é esperado um volume de chuva maior que 80 mm, especialmente no norte do Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e sul do Paraná. Nas demais áreas, os volumes podem ser menores que 50 mm.

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