Ministério da Saúde

29/03/2024 00:10h

No total, foram distribuídos mais de R$ 821 milhões, segundo o Cofen

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Mais uma parcela do repasse da assistência financeira complementar para o pagamento do salário dos profissionais da enfermagem acaba de ser liberada pela União. Em cumprimento ao piso nacional da categoria — conforme Portaria 3.206/2024 — o montante transferido aos entes federativos, segundo o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), é de R$ 821.542.168,31 para serem distribuídos ao DF, 26 estados e 5.235 municípios. 

De acordo com o Ministério da Saúde, compete aos gestores o pagamento dos colaboradores diretos — sejam servidores ou empregados —,  bem como a transferência dos recursos às entidades privadas contratualizadas ou conveniadas, que atendam, pelo menos, 60% de seus pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

Mas é importante que a aplicação dos recursos seja fiscalizada em todo o país para garantir que os valores cheguem aos contracheques, como explica o advogado especialista em direito médico Josenir Teixeira.

“Os profissionais da enfermagem devem ficar atentos a acompanhar o repasse que os municípios irão receber, para que os municípios efetivamente repassem os valores as suas empregadoras, para que, finalmente, as suas empregadoras paguem os valores dentro da folha de pagamento. Vamos ver se realmente esses valores repassados pela União serão suficientes para cumprir o que disse a lei”, avalia. 

Na opinião da advogada trabalhista Camila Andrea Braga, o valor destinado é para pagamento de pessoal — e deve ser calculado de acordo com a folha e quantidade de profissionais de enfermagem dentro desses estados e municípios, que vão precisar desse repasse. 

“Esse dinheiro tem que chegar nos enfermeiros, sendo recebido pelos estados e municípios. Sem o repasse, sem o pagamento da folha, é desvio de verba pública. Então vai ter que ser feita uma apuração pra saber pra onde foi esse valor, por que não chegou — ou se esse valor foi insuficiente, apurar a responsabilização do administrador público e para onde está indo o valor”, alerta. 

Para o coordenador da Comissão Nacional de Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Jefferson Caproni, a transferência representa um avanço significativo, mas alerta que a categoria ainda precisa ser mais valorizada.

“A valorização da nossa enfermagem é um investimento na qualidade — e não um gasto.  A melhoria da assistência aos pacientes e também o fortalecimento do Sistema Único de Saúde têm que ter base no apoio à força de trabalho”, ressalta.

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29/03/2024 00:02h

Mas outras doenças respiratórias — como os vírus influenza — apresentaram aumento na segunda semana de março

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O número de casos de Covid-19 caíram na Semana Epidemiológica 11, segundo informe do Ministério da Saúde. Entre os dias 10 e 16 de março ,houve 48.038 novos casos e 262 mortes pela doença. Esse é o menor número de casos registrados desde o período após o Carnaval, segundo informações do Painel Coronavírus.

Desde o começo do ano as secretarias de saúde estaduais já notificaram 483.357 casos de Covid-19 e 2.328 mortes. Em meio a uma epidemia de dengue — que já matou mais 750 pessoas desde 1º de janeiro — a Covid continua fazendo mais vítimas do que a atual epidemia que assusta os brasileiros. 

Brasil ultrapassa 2 milhões de casos de dengue

O infectologista Marcelo Daher, que também é membro da sociedade Brasileira de Infectologia, explica que hoje a Covid é menos letal do que há alguns anos, mas ela continua sendo uma doença que pode levar à morte.

“Às vezes as pessoas podem achar que outros morreriam naturalmente — e o covid foi só um empurrãozinho. Mas foi justamente o empurrão que levou ao óbito. Então, lembrar que a covid tem vacina, que elas são eficazes contra a doença. Por isso, quem ainda não se vacinou deve fazer a vacinação.” 

Mais casos de Influenza 

Desde a semana pós-carnaval, o vírus influenza vem apresentando crescimento nas últimas semanas. A Vigilância Sentinela de Síndrome Gripal mostrou que, dos 147 vírus identificados, 48% eram influenza. Para reduzir os casos de infecção pelo vírus, a campanha de vacinação contra a gripe, prevista para começar no último dia 25, foi antecipada e as unidades de saúde já estão disponibilizando as doses para as pessoas do grupo prioritário.

A empresária de Juiz de Fora, MG, Stela Pereira já passou dos 60 anos. É asmática e já teve duas pneumonias. Para ela, a vacina continua sendo a melhor forma de prevenir o agravo de qualquer doença. 

“Assim que liberar a vacina da gripe eu vou logo me imunizar, para não correr o risco de agravar uma gripe, virar uma pneumonia. Para mim a vacina de gripe é perfeita, me imuniza e me deixa livre que qualquer doença desagradável", afirma. 
 

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28/03/2024 00:06h

Ao todo, 675 municípios receberão a vacina, que continua sendo aplicada em jovens de 10 a 14 anos

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Um importante reforço no combate à maior epidemia de dengue que o país já viveu — a vacina — vai ser distribuída para outras 154 cidades brasileiras. O Ministério da Saúde anunciou a medida como forma de otimizar a aplicação das doses, já que 668 mil doses estão próximas do vencimento, previsto para 30 de abril, segundo o próprio ministério. 

Dessa forma, passam a ser contempladas as seguintes regiões: Central (ES), Betim, Uberaba e Uberlândia/Araguari (MG); Recife (PE), Apucarana (PR), Grande Florianópolis, Aquífero Guarani (SP), Região Metropolitana de Campinas (SP), São José do Rio Preto (SP) e São Paulo.

O diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI), Eder Gatti Fernandes, explica a ampliação de municípios contemplados:

“A gente sabe que tem um quantitativo dessas doses que não foi aplicado. Não podemos deixar essas doses vencerem, é preciso utilizá-las. Diante disso, o Ministério da Saúde trouxe uma solução: redistribuir, dentro das unidades federadas — ou seja, dentro dos estados, para municípios que ainda não foram contemplados.”

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Doses já aplicadas

Pouco mais de um terço das doses enviadas aos 521 municípios foram aplicadas até agora. Segundo o Ministério da Saúde, das 1.235.119 doses distribuídas, 534.631 foram registradas como aplicadas, enquanto 700.488 ainda não tiveram esse registro. 

O governo recebeu uma nova remessa — com 930 mil doses — que serão distribuídas para os 521 municípios anteriormente selecionados e para os 154 previstos na ampliação. Dessa forma, será possível garantir que a vacinação continue, sem que haja falta do imunizante. 

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25/03/2024 14:37h

Valores são destinados ao reforço na hidratação — com a compra de soros — e outros medicamentos que servem para o tratamento da dengue

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Diante da epidemia de dengue, um incremento financeiro liberado por meio de uma portaria do Ministério da Saúde vai liberar recursos para todas as 27 unidades da federação. Serão R$ 312 milhões para a compra de medicamentos e para sintomas da doença.

O estado de Goiás vai receber R$ 10.238.944,00 para ajudar unidades de saúde na compra de soro e outros medicamentos necessários no manejo clínico da dengue. Os valores serão repassados aos municípios e os gestores devem decidir que medicamentos comprar.

Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, neste momento a prioridade é evitar mortes e complicações causadas pela doença, tudo isso paralelamente ao controle do mosquito. 

“Neste momento, onde há situação de emergência, o nosso foco tem que ser continuar o controlar o combate ao mosquito, mas temos que ter atenção prioritária em impedir casos graves, ou quando os casos graves ocorrem – e há muitas razões para isso — que sejam tratados adequadamente. Salvar vidas e evitar mortes”, ressaltou. 

Estratégia de redistribuição da vacina 

Um dos aliados contra a doença — a vacina — vem sendo aplicada em jovens de 10 a 14 anos em 16 estados, mas o Ministério da Saúde vai redefinir a estratégia de distribuição das doses. De acordo com a ministra Nísia Trindade, a medida busca o melhor aproveitamento das doses seguindo um novo ranking estabelecido pelo Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI) — com ampliação de estados e municípios.

Goiás começou a vacinação contra a dengue no dia 15 de fevereiro. O estado recebeu mais de 158 mil doses do imunizante que foram distribuídas a 134 municípios. O esquema vacinal é composto por duas doses, com intervalo de três meses entre elas.
 

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25/03/2024 14:34h

Valores são destinados ao reforço na hidratação — com a compra de soros — e outros medicamentos que servem para o tratamento da dengue

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Diante da epidemia de dengue, um incremento financeiro liberado por meio de uma portaria do Ministério da Saúde, vai liberar recursos para todas as 27 unidades da federação. Serão R$ 312 milhões para a compra de medicamentos e para sintomas da doença.

O Espírito Santo vai receber R$ 5.778.815,00 para ajudar unidades de saúde na compra de soro e outros medicamentos necessários no manejo clínico da dengue. Os valores serão repassados aos municípios e os gestores devem decidir que medicamentos comprar.

Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, neste momento a prioridade é evitar mortes e complicações causadas pela doença, tudo isso paralelamente ao controle do mosquito. 

“Neste momento, onde há situação de emergência, o nosso foco tem que ser continuar o controlar o combate ao mosquito, mas temos que ter atenção prioritária em impedir casos graves, ou quando os casos graves ocorrem – e há muitas razões para isso — que sejam tratados adequadamente. Salvar vidas e evitar mortes.” 

Estratégia de redistribuição da vacina 

Um dos aliados contra a doença — a vacina — vem sendo aplicada em jovens de 10 a 14 anos em 16 estados, mas o Ministério da Saúde vai redefinir a estratégia de distribuição das doses. De acordo com a ministra Nísia Trindade, a medida busca o melhor aproveitamento das doses seguindo um novo ranking estabelecido pelo Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI) - com ampliação de estados e municípios.

O Espírito Santo já recebeu mais de 58 mil doses de vacinas que foram distribuídas para 23 cidades. O esquema vacinal é composto por duas doses, com intervalo de três meses entre elas.
 

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25/03/2024 13:51h

Valores são destinados ao reforço na hidratação — com a compra de soros — e outros medicamentos que servem para o tratamento da dengue

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Diante da epidemia de dengue, um incremento financeiro —  liberado por meio de uma portaria do Ministério da Saúde — vai liberar recursos para todas as 27 unidades da federação. Serão R$ 312 milhões para a compra de medicamentos e para sintomas da doença.

O Distrito Federal vai receber R$ 4.070.612,00 para ajudar unidades de saúde na compra de soro e outros medicamentos necessários no manejo clínico da dengue. Os valores serão repassados aos municípios — e os gestores devem decidir que medicamentos comprar.

Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, neste momento a prioridade é evitar mortes e complicações causadas pela doença, tudo isso paralelamente ao controle do mosquito. 

“Neste momento, onde há situação de emergência, o nosso foco tem que ser continuar o controlar o combate ao mosquito, mas temos que ter atenção prioritária em impedir casos graves, ou quando os casos graves ocorrem – e há muitas razões para isso — que sejam tratados adequadamente. Salvar vidas e evitar mortes., ressaltou” 

Estratégia de redistribuição da vacina 

Um dos aliados contra a doença — a vacina — vem sendo aplicada em jovens de 10 a 14 anos em 16 estados, mas o Ministério da Saúde vai redefinir a estratégia de distribuição das doses. De acordo com a ministra Nísia Trindade, a medida busca o melhor aproveitamento das doses seguindo um novo ranking estabelecido pelo Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI) — com ampliação de estados e municípios.

O Distrito Federal foi a primeira unidade da federação a receber as doses do imunizante Qdenga. Foram mais de 71 mil doses recebidas e o esquema vacinal é composto por duas doses, com intervalo de três meses entre elas.
 

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25/03/2024 13:34h

Valores são destinados ao reforço na hidratação — com a compra de soros — e outros medicamentos que servem para o tratamento da dengue

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Diante da epidemia de dengue, um incremento financeiro — liberado por meio de uma portaria do Ministério da Saúde — vai liberar recursos para todas as 27 unidades da federação. Serão R$ 312 milhões para a compra de medicamentos e para sintomas da doença.

O estado do Ceará vai receber R$ 14.223.949,00 para ajudar unidades de saúde na compra de soro e outros medicamentos necessários no manejo clínico da dengue. Os valores serão repassados aos municípios. Os gestores devem decidir que medicamentos comprar.

Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, neste momento a prioridade é evitar mortes e complicações causadas pela doença — tudo isso paralelamente ao controle do mosquito. 

“Neste momento, onde há situação de emergência, o nosso foco tem que ser continuar o controlar o combate ao mosquito, mas temos que ter atenção prioritária em impedir casos graves, ou quando os casos graves ocorrem — e há muitas razões para isso — que sejam tratados adequadamente. Salvar vidas e evitar mortes”, ressaltou. 

Estratégia de redistribuição da vacina 

Um dos aliados contra a doença — a vacina — vem sendo aplicada em jovens de 10 a 14 anos em 16 estados, mas o Ministério da Saúde vai redefinir a estratégia de distribuição das doses. De acordo com a ministra Nísia Trindade, a medida busca o melhor aproveitamento das doses seguindo um novo ranking estabelecido pelo Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI) — com ampliação de estados e municípios.

Até agora, o Ceará não recebeu doses da vacina contra a dengue, conforme decisão do Ministério da Saúde, que priorizou, na primeira entrega, municípios com alta transmissão e mais de 100 mil habitantes — excluindo o estado devido à ausência dessas características.
 

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25/03/2024 13:29h

Valores são destinados ao reforço na hidratação — com a compra de soros — e outros medicamentos que servem para o tratamento da dengue

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Diante da epidemia de dengue, um incremento financeiro liberado — por meio de uma portaria do Ministério da Saúde —, vai liberar recursos para todas as 27 unidades da federação. Serão R$ 312 milhões para a compra de medicamentos e para sintomas da doença.

A Bahia vai receber R$ 24.503.877,00 para ajudar unidades de saúde na compra de soro e outros medicamentos necessários no manejo clínico da dengue. Os valores serão repassados aos municípios .Os gestores devem decidir que medicamentos comprar.

Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, neste momento a prioridade é evitar mortes e complicações causadas pela doença, tudo isso paralelamente ao controle do mosquito. 

“Neste momento, onde há situação de emergência, o nosso foco tem que ser continuar o controlar o combate ao mosquito, mas temos que ter atenção prioritária em impedir casos graves, ou quando os casos graves ocorrem – e há muitas razões para isso — que sejam tratados adequadamente. Salvar vidas e evitar mortes”, ressaltou. 

Estratégia de redistribuição da vacina 

Um dos aliados contra a doença — a vacina — vem sendo aplicada em jovens de 10 a 14 anos em 16 estados, mas o Ministério da Saúde vai redefinir a estratégia de distribuição das doses. De acordo com a ministra Nísia Trindade, a medida busca o melhor aproveitamento das doses seguindo um novo ranking estabelecido pelo Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI) — com ampliação de estados e municípios.

A Bahia recebeu mais de 170 mil doses do imunizante Qdenga que estão sendo aplicadas em 71 municípios do estado. O esquema vacinal é composto por duas doses, com intervalo de três meses entre elas.

 


 

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25/03/2024 13:24h

Valores são destinados ao reforço na hidratação — com a compra de soros — e outros medicamentos que servem para o tratamento da dengue

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Diante da epidemia de dengue, um incremento financeiro —  liberado por meio de uma portaria do Ministério da Saúde— vai liberar recursos para todas as 27 unidades da federação. Serão R$ 312 milhões para a compra de medicamentos e para  combate aos sintomas da doença.

O estado do Amapá vai receber R$ 1.260.315,00 para ajudar unidades de saúde na compra de soro — e outros medicamentos necessários no manejo clínico da dengue. Os valores serão repassados aos municípios. Os gestores devem decidir que medicamentos comprar.

Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, neste momento a prioridade é evitar mortes e complicações causadas pela doença, tudo isso paralelamente ao controle do mosquito. 

“Neste momento, onde há situação de emergência, o nosso foco tem que ser continuar o controlar o combate ao mosquito, mas temos que ter atenção prioritária em impedir casos graves, ou quando os casos graves ocorrem – e há muitas razões para isso — que sejam tratados adequadamente. Salvar vidas e evitar mortes”, ressaltou. 

Estratégia de redistribuição da vacina 

Um dos aliados contra a doença — a vacina — vem sendo aplicada em jovens de 10 a 14 anos em 16 estados, mas o Ministério da Saúde vai redefinir a estratégia de distribuição das doses. De acordo com a ministra Nísia Trindade, a medida busca o melhor aproveitamento das doses seguindo um novo ranking estabelecido pelo Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI ) — com ampliação de estados e municípios.

Até agora, o Amapá não recebeu doses da vacina contra a dengue, conforme decisão do Ministério da Saúde, que priorizou, na primeira entrega, municípios com alta transmissão e mais de 100 mil habitantes — excluindo o Amapá devido à ausência dessas características.

Reportagem, Lívia Braz 
 

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21/03/2024 00:10h

No Brasil, a estimativa é de 1 para cada 700 nascimentos, totalizando cerca de 270 mil pessoas com Síndrome de Down, aponta MS

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“O meu filho, ele adora ir para a escola brincar com os amigos. As crianças da sala dele gostam muito dele, fazem carinho nele, abraçam ele quando ele chega, ele tá com cinco aninhos. E ele adora participar das apresentações escolares, faz as coreografias das músicas e tem um desenvolvimento muito bom”. O relato é da médica cardiologista do Hospital Universitário de Brasília, Janaína D’Ávila Moura, mãe de um menino de cinco anos com a síndrome. Ela conta que, apesar de exigir uma dedicação maior, ele consegue se desenvolver no ritmo dele e tem um bom convívio com as demais crianças.

Relatos como o da Janaína são compartilhados em muitos lugares. Segundo a psicóloga Cristiane Pertusi, muitos pais passam pelo seu consultório contando que o filho tem evoluido bastante por causa convívio em sociedade.

“A questão da socialização dessa pessoa com síndrome de down é muito importante porque ajuda tanto no desenvolvimento social como no emocional para que a pessoa consiga expressar as emoções, saber se comunicar, saber entender e ser entendido. Também a gente consegue trabalhar a questão da autoestima e confiança, fazer com que ela saiba que é capaz”, explica.

Pensando em trazer o assunto para o debate, 21 de março foi escolhido para ser o Dia Mundial da Síndrome de Down. A data tem o objetivo de promover uma conscientização global para celebrar a vida das pessoas com a síndrome e para garantir que elas tenham as mesmas liberdades e oportunidades que todas as pessoas. Ela é oficialmente reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), desde 2012. Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil a estimativa é de 1 para cada 700 nascimentos — totalizando cerca de 270 mil pessoas com Síndrome de Down.

De acordo com o Ministério da Saúde, a Síndrome de Down é uma alteração genética causada por um erro na divisão celular durante a divisão embrionária. Em vez de dois cromossomos no par 21 (o menor cromossomo humano), possuem três. Segundo a pasta, é a alteração cromossômica mais comum em humanos — e a principal causa de deficiência intelectual na população.

Relacionar para desenvolver

A psicóloga Alessandra Araújo explica que as pessoas com síndrome de down precisam sentir que estão inseridas para que sofram menos e consigam evoluir como ser humano.

“A partir do momento que eu não deixo a pessoa experimentar, viver, dentro de uma normalidade, enfrentar as barreiras, enfrentar os problemas, eu acabo atrapalhando o processo cognitivo dessa pessoa”. A especialista diz que o impacto disso pode não ser bom para o próprio futuro.

“Se gera nesse sujeito, uma sensação de que ele está sendo discriminado, está formulado dentro dele e na percepção dele, um estigma, e é esse estigma do diferente, o estigma do que não é capaz, que faz com que a pessoa, ela entre num processo de internalização, de silêncio e aí futuramente pode sim acarretar uma questão de transtorno mental”, alerta.

A cardiologista Janaína diz que, desde cedo, começou a se preocupar em dar assistência para o seu filho. Ela acredita que foi o diferencial para que seu filho tivesse uma infância saudável.

“Eles precisam ser incluídos em terapias desde bebês. Fonoterapia, fisioterapia, terapia ocupacional, psicopedagogia, porque assim, a gente vai conseguir chegar no potencial máximo de desenvolvimento dessas crianças”. 

A médica ainda reforça: “Hoje em dia, eu vejo que as crianças são muito mais bem aceitas porque a inclusão tenha acontecido de uma forma mais presente na vida deles. As escolas recebem essas crianças, mesmo sabendo que precisam de uma atenção especial com relação aos outros alunos”, salienta.

Para a psicóloga Alessandra Araújo, as pessoas não precisam ter medo de se comunicar com quem tem síndrome de down ou tentar falar de um jeito diferente como se o outro não pudesse entender.

“O que a gente precisa é ter empatia e não a empatia apenas de se colocar no lugar do outro, mas de entender e perceber que a síndrome de down não é um defeito, não é uma patologia — é uma condição”, lembra.

“Eu desejo que as pessoas possam se aproximar dessas pessoas e darem oportunidade para que elas seja incluídas, porque são pessoas amorosas e que querem estar no meio das outras e que querem esse desenvolvimento”, aconselha a cardiologista Janaína 

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