influenza

21/02/2024 21:00h

Segundo a Secretaria de Saúde do estado, a meta é chegar 90%; campanha encerra no dia 29 de fevereiro

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A uma semana do fim da campanha de vacinação contra a gripe (influenza) no Pará, a cobertura no estado está em 23% e a meta é de 90%, segundo a Secretaria da Saúde do estado (SESPA). Conforme a secretaria, 2,7 milhões de pessoas fazem parte dos grupos prioritários no estado, mas até o momento, 869.816 pessoas foram vacinadas.

Na Região Norte, a vacinação contra a gripe iniciou no dia 13 de novembro de 2023, visando proteger a população amazônica antes do período chuvoso. Segundo a coordenadora estadual de Imunizações, Jaíra Ataíde, a partir do dia 1º de março não haverá mais doses disponíveis para a vacinação.

“Estrategicamente, nós estamos vivenciando a vacinação da população contra a gripe para enfrentar o inverno amazônico. A grande vacinação contra a gripe no estado do Pará e nos estados da região norte termina agora no dia 29 de fevereiro. Passando este período, nós não teremos mais doses de vacina influenza disponível. Nós só estaremos vacinando novamente na aproximação de vacinação, que será exatamente final de outubro e novembro, que é quando a partir daí vai ficar a vacinação da região norte contra a gripe”, explica.

A coordenadora alerta a população sobre a importância da vacinação contra a gripe. “A vacinação contra a gripe tem o grande objetivo de evitar as complicações e hospitalizações causadas pela gripe. Então, é super importante que toda a população esteja vacinada. Um quadro de gripe pode complicar, se transformar numa síndrome respiratória aguda grave, precisar de terapia e ainda vir ao óbito”, ressalta.

De acordo com a SESPA, a vacinação estar disponível para toda a população, mas o foco principal da vacinação é com as pessoas dos grupos prioritários. 

“A vacinação contra a gripe é direcionada para os grupos que são mais suscetíveis, como no caso as crianças, os idosos, as gestantes, as puérperas e aquela população que convive em meios de grande multidão, como no caso os professores e os trabalhadores da saúde. Tem também a população de comorbidade, que são aquelas pessoas que têm uma doença de base. Essas pessoas, elas não entram exatamente no grupo prioritário chamado, mas elas também têm vacina para receber”, destaca.

Segundo a secretaria, a cobertura vacinal para o grupo de idosos é de 26%. Nos demais públicos, as coberturas vacinais são: crianças (25%), gestantes (13%), puérperas (7%), trabalhadores de saúde (17%), e professores (15%). A vacina está disponível em todos os postos de saúde nos 144 municípios do estado.

Vacina

Produzida pelo Instituto Butantan, a vacina contra a gripe protege contra três vírus respiratórios: Influenza A (H1N1), Influenza A (H3N2) e Influenza B. A vacina também ajuda a proteger contra a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

Influenza

Segundo o infectologista Julival Ribeiro, a influenza ou gripe é uma infecção aguda do sistema respiratório provocado pelo vírus da influenza, que possui um grande potencial de transmissão. O vírus da influenza A e B são os responsáveis pelas epidemias sazonais da doença. Ele destaca os principais sintomas da gripe.

“Os sintomas da gripe pode afetar cada pessoa com intensidade diferente, mas, de uma maneira geral, o indivíduo infectado pelo vírus da influenza acaba por ter febre geralmente acima dos 38°, dores no corpo, dor de cabeça, tosse seca, dor de garganta, cansaço e mal-estar. Apesar da maioria das pessoas terem gripe e não ter complicação nenhuma, é importante a gente lembrar que crianças, idosos, pessoas com comorbidades, têm o maior risco de desenvolver complicações da gripe.” destaca. 

Para o infectologista a vacinação é  a ŵmelhor maneira de prevenir a gripe ou influenza. Ele cita outras medidas preventivas que a população pode adotar.

“Além da vacinação, é muito importante lavar as mãos com água e sabão ou usar álcool em gel, principalmente antes de você consumir algum alimento. Utilizar o lenço descartável para fazer a higiene nasal. Cubra o nariz e a boca ao espirrar ou tossir. Evitar tocar nas mucosas dos olhos, nariz e boca, porque sua mão pode estar contaminada com o vírus e pode levar a doença. Manter um ambiente bem ventilado. Evitar contato próximo a pessoas que apresenta sinais ou sintomas de gripe. E sobretudo se você suspeitar que está com gripe ou influenza, o correto é procurar a unidade de saúde para fazer o diagnóstico”, recomenda.

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18/11/2023 04:30h

Segundo o Ministério da Saúde, o fim do ano é o período em que há maior circulação viral e de transmissão da gripe na região; campanha segue até o dia 15 de dezembro

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A vacinação contra a gripe nos estados da região Norte foi antecipada pelo Ministério da Saúde. Segundo a pasta, a adequação da vacinação contra influenza ao período do “inverno amazônico” visa reduzir complicações, internações e mortalidade decorrentes das infecções pelos vírus da influenza na região. Durante esse período, há maior circulação viral e de transmissão da gripe na região. A estimativa para a campanha na região é de que 6,6 milhões de pessoas sejam imunizadas.

Conforme o Ministério da Saúde, para a campanha foram distribuídas 598.750 doses para Rondônia; 320.710 ao Acre; 1,5 milhão para o Amazonas; 100 mil a Roraima; 2.788.990 para o Pará; 400.570 ao Amapá e 50 mil doses para o Tocantins. A campanha segue até o dia 15 de dezembro e o dia "D" de mobilização para a vacina está previsto para 25 de novembro. Dentre os grupos prioritários que podem se vacinar estão:

  • Crianças de 6 meses a menores de 6 anos;
  • Crianças indígenas de 6 meses a menores de 9 anos;
  • Trabalhadores da Saúde;
  • Gestantes;
  • Puérperas;
  • Professores dos ensinos básico e superior;
  • Povos indígenas;
  • Idosos com 60 anos ou mais;
  • Pessoas em situação de rua;
  • Profissionais das forças de segurança e de salvamento;
  • Profissionais das Forças Armadas;
  • Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade);
  • Pessoas com deficiência permanente;
  • Caminhoneiros;
  • Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso);
  • Trabalhadores portuários
  • Funcionários do sistema de privação de liberdade;
  •  População privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).

A vacina utilizada é trivalente, ou seja, apresenta três tipos de cepas de vírus em combinação: Influenza A (H1N1), Influenza A (H3N2) e Influenza B.  A vacina também ajuda a proteger aqueles que são mais vulneráveis às doenças graves, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza.

Segundo a pasta, em 2024, a vacinação contra a gripe acontece no primeiro semestre do ano nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Na região Norte vai acontecer no segundo semestre.

Influenza

De acordo com o Ministério da Saúde, a gripe é uma infecção aguda do sistema respiratório provocado pelo vírus da influenza, com grande potencial de transmissão. O vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias.

Dentre os principais sintomas da influenza estão: dor no corpo, febre, coriza, tosse, podendo evoluir com sinusite até pneumonia. A intensidade e variação dos sintomas podem depender do quadro clínico e da imunidade de cada pessoa.

Já a transmissão ocorre por via respiratória, por gotícula, ou seja, pelo contato perto de pessoas doentes, tossindo, espirrando ou por secreções. O médico infectologista Werciley Júnior alerta sobre a importância da vacinação contra a gripe.

“A vacinação sempre tem que ser incentivada nesse sentido, para aumentar a adesão das pessoas. A gente sabe que tem que aumentar principalmente a população de risco: crianças menores que 5 anos, imunocomprometidos, pessoas que já tem baixa imunidade e pessoas idosas. Essa é uma população que tem que receber vacina. Então, a única maneira de prevenir, além da vacinação habitual, seria de as pessoas fazer higiene. Quem estiver gripado, evitar frequentar aglomerações, fazer higiene de mãos e proteção também”, diz.

O infectologista ressalta ainda que a população deve ficar atenta aos primeiros sinais da infecção para tomar as providências.

“A população também tem que ficar alerta aos primeiros indícios de sintomas para que possa usar a medicação chamada Oseltamivir, que pode fazer o bloqueio também dos quadros graves - Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e casos de Síndrome Gripal (SG)”, explica

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Saúde
13/11/2023 18:40h

A campanha de vacinação contra a influenza no Pará se estende até 15 de dezembro. A iniciativa teve início nesta segunda-feira (13)

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A campanha de vacinação contra a influenza no Pará se estende até 15 de dezembro. A iniciativa teve início nesta segunda-feira (13). Os grupos prioritários incluem profissionais da saúde, crianças com mais de 6 meses, idosos acima de 60 anos, professores, gestantes, puérperas, adolescentes e jovens em medidas socioeducativas, além de pessoas em situação de rua.

Em outubro e novembro, a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) não registrou casos de influenza no estado. Apesar desse panorama, o infectologista Hemerson Luz destaca a importância contínua da prevenção com a vacina.

“É muito importante receber a vacina contra a gripe anualmente, pois ela é atualizada de acordo com as principais cepas que estão circulando no mundo. Essas cepas são responsáveis pelo maior número de casos e também relacionadas com os quadros de maior gravidade todo ano é importante participar da campanha de vacinação contra gripe”, afirma o especialista.

O infectologista também afirma que a gripe é uma doença que passa de pessoa para pessoa, causada pelo vírus influenza. Ele explica quais são os sintomas em caso de infecção. 

“A gripe é uma doença contagiosa causada pelo vírus da influenza, os sintomas mais comuns são febre alta geralmente acima de 38 graus. Tosse que pode ser produtiva com saída de secreção, coriza, dor de garganta, dor de cabeça e uma dor no corpo com cansaço e até mesmo falta de ar”, diz o especialista. 

De acordo com a Sespa, a vacinação é importante para toda a região Norte, levando em consideração a diferença climática, geográficas e da idade da população. Conforme informações do estado, em março de 2023 as vacinações começaram, uma ação segundo eles importante para o combate da doença.

De acordo com o infectologista, a vacina é contraindicada apenas para indivíduos alérgicos à proteína do ovo ou aqueles com uma contraindicação específica recomendada por um médico. No entanto, é considerada segura para uso em toda a população. 
 

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25/08/2023 04:00h

O Grupo de Trabalho (GT) é sediado na Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), na capital baiana

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A Bahia criou o Comitê de Enfrentamento para combater e controlar a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), também conhecida como gripe aviária. O Grupo de Trabalho (GT) é sediado na Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), na capital baiana.

O coordenador do Programa de Sanidade Avícola da Adab, José Klinger, avalia que o objetivo do comitê é agregar todos os órgãos e entidades privadas para que as ações sejam executadas de forma coordenada e de acordo com a competência de cada um. 

“Por exemplo, a Adab faz a vigilância dos animais, das propriedades, faz a coordenação para instalar as barreiras, faz também a coleta de material e o envio ao laboratório. Temos também a Secretaria Estadual de Saúde que faz o monitoramento das pessoas que tiveram contato com as aves doentes”, explica. 

De acordo com informações do Ministério da Agricultura (Mapa), desde a confirmação do primeiro caso de gripe aviária no Brasil em maio de 2023, após a declaração de estado de emergência zoossanitária em âmbito nacional, foram realizadas mais de 1.700 investigações relacionadas à doença. Dos 420 exemplares coletados pelos técnicos do Mapa, 80 testaram positivo para o vírus da influenza aviária.

Klinger ressalta que as ações do GT visam especificamente a contenção e eliminação do foco de influenza aviária. “Resultando em menor prejuízo o retorno ao status livre de influenza aviária no menor tempo possível. Vale ressaltar que a Bahia não tem casos de influenza aviária em suas granjas comerciais, ou na criação de fundo de quintal e subsistência”, aponta. 

O coordenador esclarece que caso ocorra algum caso de influenza aviária nas granjas comerciais ou nas de fundo de quintal, será implementado o plano de contingência que visa eliminar o foco no menor tempo possível. 

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28/06/2023 16:05h

Acre, Amapá, Pará, Rio Grande do Norte e Roraima são os estados com o maior número de casos no público infantil

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A síndrome respiratória aguda grave segue preocupando pais e responsáveis. O vírus sincicial respiratório (VSR) ainda é o mais identificado, sendo responsável pelas internações das crianças em, pelo menos, seis estados das regiões Norte e Nordeste, segundo o mais recente Boletim Infogripe da Fiocruz. O estudo mostra que Acre, Amapá, Pará, Rio Grande do Norte, Roraima e Sergipe tiveram um aumento significativo no grupo das crianças. Já em Sergipe, o crescimento ocorre tanto em crianças pequenas quanto em faixas etárias da população adulta, especialmente nas idades mais avançadas. 

A pesquisa revela que, entre as capitais, dez apresentaram crescimento de SRAG: Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Boa Vista (RR), Florianópolis (SC), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Palmas (TO), Porto Velho (RO),  Rio Branco (AC) e Teresina (PI). Os números são referentes à Semana Epidemiológica 24, no período de 11 a 17 de junho. A análise tem como base dados que foram inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), até o dia 19 de junho.

De acordo com o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, alguns estados até já apontam uma possível interrupção nessa tendência de crescimento do número de novos casos semanais, mais ainda mantendo um patamar extremamente elevado, ou seja, ainda não iniciaram a queda no número de novos casos.

“A gente ainda tem um número muito expressivo, a gente ainda tem muitas crianças que estão internadas, então ainda vai levar um tempo para desafogar os nossos leitos hospitalares, por isso é extremamente importante manter os cuidados mínimos para diminuir essas infecções", observa.

O pesquisador acrescenta que as baixas temperaturas favorecem as infecções respiratórias nesse período do ano: “É importante mantermos os cuidados de ventilação adequada e uso de boas máscaras por parte das pessoas que estão apresentando sintomas gripais e não possuem condições de fazer o repouso recomendado”, avalia.

O vírus sincicial respiratório foi responsável por 40,3% dos casos de SRAG no país. O SARS-CoV-2, que causa a covid-19, respondeu por 22,8% das ocorrências. Na sequência, com 17,5%, o vírus da Influenza A, e 6,6% o vírus da Influenza B.

Uma portaria do Ministério da Saúde estabelece incentivo financeiro para auxiliar estados e municípios que declararem emergência em saúde por Síndrome Respiratória Aguda Grave. O valor destinado, de caráter excepcional e temporário, é voltado à abertura de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) pediátricas. Estados, municípios e o Distrito Federal precisam enviar um ofício detalhando a condição dos serviços de saúde da região, capacidade instalada e o número de leitos a serem ampliados ou convertidos, para fazer uso do recurso. Também será necessária a apresentação de um Plano de Ação de Enfrentamento à SRAG Pediátrica, com período de até 90 dias, para que haja planejamento em número de leitos, em diárias, equipamentos, insumos e procedimentos. 

Tratamento

O médico infectologista Hemerson Luz explica que a síndrome respiratória aguda grave é caracterizada por sintomas como febre de início súbito, dor de cabeça, tosse, coriza, dificuldade de respirar, sensação de peso no peito e uma queda na oxigenação no sangue. Ele explica que as crianças ainda podem apresentar falta de ar, menor apetite, irritabilidade ou uma queda no estado geral.

O especialista alerta para medidas que podem evitar o aumento no número de casos. “A melhor forma de prevenir a síndrome respiratória aguda grave é manter o sistema vacinal completo, principalmente contra a infuenza e contra a covid-19. Além disso, sempre que ocorrerem sintomas gripais como nariz escorrendo, dor de garganta, tosse, febre, dor de cabeça, deve-se procurar atendimento médico imediatamente”, ressalta.

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09/06/2023 16:30h

Entre os destinos afetados estão as ilhas localizadas em Guarapari e Vila Velha

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O governo do Espírito Santo determinou que 8 ilhas localizadas no município de Guarapari estão suspensas para atividades turísticas por tempo indeterminado. As ilhas entraram na lista de proibições após notificações de casos de gripe aviária. Na segunda-feira (6) a prefeitura de Vila Velha já havia anunciado o fechamento de outras cinco ilhas turísticas que ficam na orla de Itapuã por pelo menos seis meses.

Em Guarapari, as oito ilhas com proibições estão localizadas no Arquipélago das Três Ilhas, que por sua vez possui cinco ilhas: (Quitongo, Cambaião, Guanchumbas, Leste-Oeste e Guararema), e na Área de Proteção Ambiental (APA), que é composto por outras três ilhas: Francisco Vaz, Toaninha e Alacaeira. Todas elas estão proibidas de receberem turistas.

A portaria com a medida foi assinada em conjunto entre a Secretaria do Meio Ambiente e o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos e publicada em edição extra do Diário Oficial do estado.

Com o objetivo de dar mais transparência e agilidade nas informações, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) disponibilizou um painel BI (Business Intelligence) para consulta de casos confirmados do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP), ou seja, casos graves da doença.

Até o momento existem 30 casos confirmados de focos de gripe aviária grave. Desses casos, 20 estão no Espírito Santo, 7 no Rio de Janeiro, enquanto São Paulo, Rio Grande do Sul e Bahia registram um caso cada. Não há casos confirmados de infecções em humanos no Brasil. Os dados fazem parte do painel de monitoramento de casos de gripe aviária disponibilizado pelo Mapa.

Com o aumento do número de casos da doença, o governo federal abriu, através de uma Medida Provisória (1.177/2023), um crédito extraordinário de R$ 200 milhões em favor do Ministério da Agricultura. O auxílio deverá ser aplicado em ações de enfrentamento à gripe aviária.

Gripe Aviária

De acordo com o MAPA, a gripe aviária é altamente contagiosa e afeta aves domésticas e silvestres, podendo atingir também o homem. Existem diversos vírus da gripe que causam a gripe aviária, no entanto um dos mais comuns e preocupantes é o H5N1.

Segundo a chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios da Fiocruz, Marilda Siqueira, apesar da gripe aviária não infectar seres humanos com facilidade, existe a preocupação de médicos e profissionais da área de saúde de que o vírus sofra mutações e consiga infectar seres humanos.

“Principalmente em algumas diferenças nos genomas desses vírus, que fazem e permitem que eles possam ocasionar uma maior ou menor gravidade nos humanos, dependendo dessas características genômicas deles e dependendo também da adaptação que eles tenham ou não nos humanos.”

Os sintomas a serem observados nas aves podem ser leves, moderados ou graves. São eles: dificuldade respiratória, secreção nasal ou ocular, espirros, incoordenação motora e diarreia.

De acordo com a médica veterinária Dandara Franco, é importante monitorar as aves domesticadas e silvestres para que não haja proliferação do vírus.

“A influenza aviária é uma doença viral que tem uma ampla distribuição em diversos locais do mundo e que afeta principalmente as aves domésticas e silvestres e ocasionalmente afeta os mamíferos. As aves silvestres, principalmente essas que têm o hábito  de imigração, são hospedeiros naturais que contribuem para o ciclo de vida do vírus e esses animais podem ser assintomáticos. Por isso é importante a monitoração desses animais”.

Na ocorrência desses sintomas, a orientação do Ministério da Agricultura é entrar em contato com a Inspetoria ou Escritório de Defesa Agropecuária do seu município.

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31/05/2023 07:00h

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) realiza atividades de vigilância do estado

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A Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) e a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), por meio do seu Programa Estadual de Sanidade Avícola (PESA),  realiza atividades de vigilância ativa para Influenza Aviária, em todo o estado de São Paulo.

Até o momento, não existem suspeitas para Influenza Aviária de Alta Patogenicidade no estado de São Paulo, que esteja em análise no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA/SP),  ou mesmo com resultado positivo emitido para Influenza Aviária. Com isso o Estado não deve no momento adotar nenhuma medida sanitária emergencial.

O zootecnista Denilson José explica que a gripe aviária é um vírus e, assim,  pode ser transmitido da mesma forma que uma gripe comum. 
“A gripe aviária é um vírus do H5N1, ele é uma gripe comum que se dá em aves e é acometido a seres humanos também”, explicou Denilson José. 

O zootecnista destaca que o vírus H5N1 não é transmitido através da carne do animal. 

 “Ela transmite de animal para os seres humanos via aérea. É igual a uma gripe comum, igual ao normal. Não tem como transmitir comendo a carne do animal”, destacou o zootecnista. 

A Defesa Agropecuária informa ainda que não existe qualquer restrição ao consumo de ovos e carne de aves, em razão dos focos existentes no Brasil.

As aves silvestres de vida livre são também vítimas da influenza aviária de alta patogenicidade  e toda suspeita deve ser notificada ao serviço veterinário oficial (pesa@cda.sp.gov.br ou https://www.defesa.agricultura.sp.gov.br/enderecos).
 

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22/05/2023 15:40h

O médico veterinário Lucas Edel informa que a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade é considerada uma zoonose e pode infectar humanos

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A Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) - H5N1 é classificada como zoonose, então existe risco de transmissão dos animais para os humanos. É o que afirma o médico veterinário Lucas Edel. “Essa infecção pode ocorrer por meio de contato direto com secreções dessas aves ou por meio de alguns utensílios que foram utilizados no manejo daquelas aves”, completa.

No último sábado (20), mais  dois casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) de subtipo H5N1 foram identificados nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Em decorrência dos novos episódios, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou que tem intensificado as ações de vigilância em populações de aves domésticas e silvestres em todo o país. 

Também no último sábado, o Ministério da Saúde informou que as amostras dos 33 casos suspeitos de influenza aviária em humanos no estado do Espírito Santo deram negativas para o vírus H5N1. Outros dois  novos casos suspeitos estão sendo investigados. Desta forma, o Brasil segue sem nenhum caso em sua população. 

Edel explica que a alta patogenicidade é a capacidade do vírus de causar a doença naquele indivíduo, ou seja, essa IAAP tem maior probabilidade do animal ou pessoa que entra  em contato desenvolver a doença.

Para evitar possíveis contaminações, o veterinário orienta não entrar em contato com animais que apresentam algum tipo de secreção e caso o produtor avícola identifique o animal nessa condição, é necessário comunicar à Secretaria de Agricultura do município. 

“Caso faça, evite entrar em contato com mucosas oculares, mucosa oral e lave sempre as mãos com água e sabão”, orienta.

Segundo o Mapa, o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (IDAF/ES) e a Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento do Rio de Janeiro (SEAPPA/RJ) já estão adotando os procedimentos técnicos relacionados a essas novas ocorrências, em complementação às ações de comunicação e de vigilância que vinham sendo realizadas desde a detecção dos primeiros casos no Espírito Santo.

O Mapa frisa que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves e nem de ovos. As infecções humanas pelo vírus da Influenza Aviária podem ser adquiridas, principalmente, por meio do contato direto com aves infectadas (vivas ou mortas). Em nota, a pasta pediu para que a população evite contato com aves doentes ou mortas e acione o serviço veterinário local ou realize a notificação por meio do e-Sisbravet.

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08/05/2023 21:00h

Nas últimas semanas, o VSR foi responsável por 48,6% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças

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A Fiocruz emitiu um alerta para o aumento dos casos associados aos vírus influenza A e B em diversos estados do país. Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, foram os que mais tiveram casos positivos de síndrome respiratória aguda em públicos de diferentes faixas etárias, Espírito Santo, Maranhão, Pará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rondônia e em Sergipe, a predominância de SRAG avança entre a população infantil. Em outros estados do Brasil, o sinal da doença ainda é baixo. 

O pesquisador da Fiocruz Marcelo Gomes destaca a importância de pais e responsáveis ficarem atentos aos sinais de gripe que as crianças apresentam. 

“Então é extremamente importante que a gente mantenha um olhar atento, que os pais, os responsáveis, estejam bastante atentos aos sinais de problemas respiratórios na sua criança. Está ali com o peito chiando, está com a respiração um pouco deficitária, com dificuldade de respirar, está apresentando algum incômodo, leve ao pediatra, leva ao posto de saúde, faz o acompanhamento mais próximo para poder ter o melhor acompanhamento médico possível para evitar um eventual quadro mais grave”, ressalta. 

De acordo com dados mais recentes, nas últimas quatro semanas, o VSR foi responsável por 48,6% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) com resultado laboratorial positivo. Já  em relação ao vírus Sars-CoV-2 (Covid-19), houve uma redução expressiva na população adulta, sendo  29,5% de casos positivos registrados na Epidemiológica (SE) 16, período de 16 a 22 de abril.

Casos de SRAG no país: 

Entre as capitais brasileiras, 11 delas apresentaram crescimento de casos da doença: Aracaju, Brasília, Florianópolis, Fortaleza, Maceió, Natal,  Porto Velho, Rio Branco, Rio de Janeiro,  Salvador e São Luís. 

Este ano, 49.983 casos de SRAG já foram notificados,  sendo 19.250 (38,5%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 22.804 (45,6%) negativos, e ao menos 4.926 (9,9%) aguardando resultado laboratorial. Dentre os casos confirmados,  4,2% são influenza A; 4% influenza B; 37% VSR; e 44% Sars-CoV-2. Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 9,1% para influenza A; 6,2% para influenza B; 48,6% para VSR; e 29,5% para Sars-CoV-2. 

Apenas durante duas semanas, o Brasil obteve a marca de mais de 10 milhões de pessoas vacinadas contra a gripe. Apesar de não existir uma vacina contra a VSR, as vacinas disponíveis contra a influenza e covid-19,já ajudam a reduzir outros problemas respiratórios e infecções graves. 

O infectologista Dalcy Albuquerque enfatiza a importância de manter o ciclo vacinal de qualquer doença, em especial da gripe atualizada. 

“Quanto mais pessoas imunizadas menos o vírus circula, porque na melhor das hipóteses, mesmo que a pessoa adoeça, a carga viral dela é menor. Portanto, a possibilidade dela infectar outra pessoa e essa outra pessoa infectar outra e criar uma cadeia de transmissão é bem menor. Então por isso que é importante que o maior número possível de pessoas sejam imunizadas”.


 

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03/05/2023 13:48h

Durante essa época do ano, o vírus da gripe fica em evidência, por isso é importante estar com as vacinas em dia e beber bastante água

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O outono é uma época meio fria, em que o ar tende a ficar mais seco. Com isso, doenças respiratórias sobressaem e se proliferam com mais facilidade. A infectologista Larissa Tiberto alerta que com o tempo mais frio, a tendência é ficarmos em ambientes fechados, facilitando a disseminação do vírus da gripe. Outro fator relevante é que, como ar está mais seco, os poluentes tendem a aumentar, intensificando doenças respiratórias.

Segundo Larissa, os vírus mais comuns nessa época do ano são aqueles que ocupam o trato respiratório, como o rinovírus e a influenza, que podem causar resfriado, gripe, otite, sinusite e até mesmo pneumonia.

Situação de síndromes respiratórias 

De acordo com o último Boletim InfoGripe da Fiocruz, 19 das 27 unidades federativas apresentam sinal de crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), nas últimas 6 semanas. Nos estados da Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, observa-se crescimento em diversas das faixas etárias analisadas.

Em 2023 foram registrados 2.678  mortes, sendo 1.572 com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 963 negativos, e ao menos 67 aguardando resultado laboratorial.

Dentre os positivos do ano corrente, 4,3% são influenza A; 2,9% são influenza B; 4,5% são VSR; e 85,6% são Covid-19.

Como evitar

Por essas infecções virais estarem vinculadas a ambientes fechados ou de baixa ventilação, é preciso manter ambientes sempre arejados e procurar usar máscaras em ambientes de alta aglomeração. Werciley Júnior, infectologista explica que “se alguém estiver doente deve-se evitar estar naquele ambiente, porque uma pessoa doente, em um ambiente fechado, facilita a transmissão em demasia para todo mundo”, orienta. 

Outros cuidados para evitar a proliferação do vírus:

  • Lavar as mãos com frequência;
  • Uso frequente de álcool em gel;
  • Tomar a vacina contra a gripe;
  • Aumentar a ingestão de água;
  • Manter a vacina da gripe em dia;
  • Evitar exposição a ambientes com muita poeira ou fumaça;
  • Manter uma alimentação saudável;
  • Praticar exercícios. 

Influenza

A influenza é o vírus causador da gripe, que é uma infecção aguda do sistema respiratório e possui grande potencial de transmissão. São dois os tipos mais comuns do vírus, o A e o B. 

Os sintomas que podem aparecer em uma pessoa infectada são:

  • Febre;
  • Calafrios;
  • Tosse;
  • Dor de garganta;
  • Nariz escorrendo ou entupido;
  • Dor muscular e/ou corporais;
  • Dor de cabeça;
  • Fadiga (cansaço);
  • Vômito e diarreia, mais comum no público infantil.

Segundo a Fiocruz, a transmissão ocorre de forma direta, por meio das secreções das vias respiratórias de uma pessoa contaminada ao espirrar, tossir ou falar; e também de forma indireta, quando após contato com superfícies contaminadas, a pessoa leva as mãos com o vírus até a boca, nariz e olhos.

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