IBGE

27/03/2024 01:00h

O índice teve queda de 0,42 ponto percentual em relação a fevereiro de 2024

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,36% em março de 2024. Este resultado está 0,42 ponto percentual (p.p.) abaixo do observado em fevereiro.

Em março de 2023 a taxa havia sido de 0,69%.

O acumulado em 12 meses também é inferior à mesma série de um ano atrás. 

O IPCA-15 é considerado uma prévia da inflação oficial e — apesar da desaceleração deste mês — veio acima de algumas projeções de mercado. 

Cinco dos nove grupos pesquisados tiveram alta em março, com o maior impacto vindo do setor de alimentação e bebidas, em alta de 0,91%. 

Neste setor, destaca-se o aumento de preços da alimentação no domicílio, com significativas contribuições da alta da cebola (16,64%), do ovo de galinha (6,24%), das frutas (5,81%) e do leite longa vida (3,66%).

A alimentação fora de casa também subiu, em 0,59%. 

Em seguida, está a inflação do setor de transporte, com destaque para as altas dos combustíveis; seguido pelo setor de saúde e cuidados pessoais, em que os planos de saúde lideraram os aumentos. 

Por regiões, a capital Belém (PA) é a líder da subida de preços, puxados pela inflação do açaí e da gasolina. Já a alta de preços mais discreta acontece em Goiânia (GO). 

O IPCA-15 considera os preços coletados entre o período do dia 15 de cada mês subsequente. 

Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
 

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15/03/2024 00:03h

Em fevereiro, IBGE prevê crescimento de 24,2% na produção do cereal, que recebe investimentos em tecnologia e pesquisa

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Pães, macarrão, bolo. O trigo é a matéria-prima básica e fundamental para a produção de alimentos que compõem a mesa dos brasileiros todos os dias. O consumo das famílias se reflete na produção do campo. O Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) prevê o crescimento de 24,2% na produção do cereal com relação a 2023. A pesquisa de fevereiro indica que a produção deve alcançar 9,6 milhões de toneladas.

Campeões de produção nacional, os estados do Rio Grande do Sul e Paraná, juntos, representam mais de 80% de todo o trigo produzido no Brasil. Neste contexto, destaque para a cidade gaúcha de Cruz Alta, que é a segunda maior produtora do país — em 2023, segundo o IBGE, produziu 128,7 mil toneladas. 

Em 2023, houve quebra de safra do cereal nos principais estados produtores, que segundo o presidente-executivo da Abitrigo, Rubens Barbosa, chegou a 40%. Mas para este ano, a expectativa é melhor. Barbosa ressalta que o cenário internacional favoreceu a produção nacional do trigo. 

"O preço no exterior passou a ser remunerativo, sobretudo depois da guerra da Ucrânia. Aqui aumentou a área plantada — no lugar do milho em alguns lugares — e o mercado vê o trigo como um grão com grandes possibilidades de expansão".

Com investimento em pesquisa e tecnologia, o apoio da Embrapa tem sido fundamental, segundo o presidente da Abitrigo. "A empresa projeta uma expansão grande do trigo em território nacional até o final da década", destaca Barbosa.

IBGE prevê safra de 300 milhões de toneladas para 2024

Expansão em produção e em área colhida 

A área a ser colhida entre cereais, leguminosas e oleaginosas é de 78 milhões de hectares. O que representa um crescimento de 0,2% em relação ao ano passado — o que representa um aumento de 160,5 mil hectares. Com relação a janeiro, o acréscimo foi de 0,5% — 383,1 mil hectares.

O economista César Bergo atribui esse aumento à expansão da fronteira agrícola, que tende a crescer ainda mais ao longo dos próximos anos. Com relação à produção do trigo, o crescimento pode ser atribuído a melhora da qualidade das sementes, aumento das pesquisas no setor e da tecnologia empregada.  

"Não tenha dúvidas de que o crédito agrícola também contribui para que aumento dessa demanda interna seja atendido pela produção, não só do trigo — que tem uma cadeia muito longa de derivados e impacto direto na economia. O que faz dele um produto muito importante e que acaba contribuindo para a produção do grão nacional".

Aveia e Cevada em destaque

A pesquisa de fevereiro do IBGE mostra ainda que a produção da aveia deve chegar a 1,2 milhão de toneladas, o que representa queda de 6,2% em relação a janeiro – mas crescimento expressivo de 29,5% em relação a 2023. Depois de ter as lavouras prejudicadas pelo clima ruim em 2023, a cultura mostra recuperação. No Rio Grande do Sul, o IBGE prevê crescimento de 45,2% na produção com relação ao que foi colhido no ano passado.

Já a cevada em grão tem a produção estimada em 411,9 mil toneladas. Também com aumento de 8,6% em relação à produção do ano passado. Os maiores produtores de cevada são o Paraná — com 278,0 mil toneladas — e o Rio Grande do Sul, com 110,5 mil toneladas. Estados que devem ser responsáveis por 94,3% da produção brasileira de cevada em 2024. 

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13/03/2024 00:01h

Apesar de alto, o número é 4,7% menor que de 2023, quando o Brasil produziu 315,4 milhões de toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas


Os protagonistas da produção agrícola brasileira — soja e milho — devem ter queda na produção este ano, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em fevereiro, a redução estimada da produção de soja para o ano é de 1,8% e a do milho de 10,8%. O IBGE estima ainda que a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2024 seja de 300,7 milhões de toneladas — 4,7% a menos do que em 2023, quando o país produziu 315,4 milhões de toneladas dos produtos.

O maior vilão dessa redução foi o clima, como explica o economista César Bergo. “ Vários fatores podem influenciar a safra de grãos, mas a principal, sem dúvida, foram as questões climáticas adversas, como secas em hora errada, inundações.”

O resultado apresentado pelo IBGE vem alinhado com a última pesquisa da Companhia Nacional de Abastecimento, a Conab, que também apresentou redução da safra de grãos com relação a 2023, com queda de 7,6%. 

Quem vive o dia a dia da lavoura

Para Leonardo Boaretto, que é produtor de soja, milho e feijão em Niquelândia, Goiás, é importante que as previsões sejam o mais próximas possíveis da realidade, pois são essas estimativas de safra que interferem no preço dos alimentos. 

O produtor explica que nas previsões de dezembro e janeiro já havia uma quebra concretizada da safra nacional, por conta da irregularidade climática.

“A falta de chuva e a temperaturas muito altas já tinham causado danos irreversíveis nas lavouras. E quando eles jogaram essas estimativas lá em cima, o mercado despencou. O mercado está voltando um pouco agora, mas ainda muito abaixo do que era de se esperar,” lamenta Boaretto.

Para Leonardo, já havia a expectativa de quebra de safra, mas não foi anunciada pela Conab. O que fez com que os preços das commodities despencassem, prejudicando o produtor brasileiro. 

“Quem precisava vender para fazer caixa foi prejudicado, pois teve que vender no pior momento, com os preços pressionados para baixo. E quem está com a produção na mão também vai sofrer, pois se os preços reagirem, vão reagir pouco.” 


Quebra de safra e queda da produtividade

Quem também reforça a importância das previsões serem próximas da realidade do campo é o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), Antônio Galvan. A estimativa de fevereiro do IBGE para a soja foi de 149,3 milhões de toneladas, e vem sofrendo quedas sucessivas nos últimos meses, até que se chegasse a esse resultado. 

“O ajuste é normal. Nós temos ainda mais de 40% da soja brasileira no campo, para ser colhida, e temos ainda as regiões com bastante problemas. Menos problemas climáticos nesse momento, mas com problemas de doenças.” 

Com destaque para os estados da região Sul — que ainda têm muita soja para colher e estão sofrendo muito com as doenças. Galvan cita a Ferrugem Asiática, que pode encolher as expectativas de colheita e reduzir a produção do grão nesta safra. 

Ferrugem asiática

A ferrugem asiática é um fungo que atinge as lavouras de soja desde 2001, principalmente no Sul do país. Os produtores se preocupam com a doença pelo seu alto poder destrutivo — já que, quando não controlada, pode provocar perdas de até 90% do rendimento de grãos, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). 

A ferrugem asiática da soja causa lesões nas folhas que costumam ficar amarelas e causar sua queda, resultando em redução do ciclo. 
 

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13/03/2024 00:01h

Apesar de alto, o número é 4,7% menor que de 2023, quando o Brasil produziu 315,4 milhões de toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas

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Os protagonistas da produção agrícola brasileira — soja e milho — devem ter queda na produção este ano, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em fevereiro, a redução estimada da produção de soja para o ano é de 1,8% e a do milho de 10,8%. O IBGE estima ainda que a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2024 seja de 300,7 milhões de toneladas — 4,7% a menos do que em 2023, quando o país produziu 315,4 milhões de toneladas dos produtos.

O maior vilão dessa redução foi o clima, como explica o economista César Bergo. “ Vários fatores podem influenciar a safra de grãos, mas a principal, sem dúvida, foram as questões climáticas adversas, como secas em hora errada, inundações.”

O resultado apresentado pelo IBGE vem alinhado com a última pesquisa da Companhia Nacional de Abastecimento, a Conab, que também apresentou redução da safra de grãos com relação a 2023, com queda de 7,6%. 

Quem vive o dia a dia da lavoura

Para Leonardo Boaretto, que é produtor de soja, milho e feijão em Niquelândia, Goiás, é importante que as previsões sejam o mais próximas possíveis da realidade, pois são essas estimativas de safra que interferem no preço dos alimentos. 

O produtor explica que nas previsões de dezembro e janeiro já havia uma quebra concretizada da safra nacional, por conta da irregularidade climática.

“A falta de chuva e a temperaturas muito altas já tinham causado danos irreversíveis nas lavouras. E quando eles jogaram essas estimativas lá em cima, o mercado despencou. O mercado está voltando um pouco agora, mas ainda muito abaixo do que era de se esperar,” lamenta Boaretto.

Para Leonardo, já havia a expectativa de quebra de safra, mas não foi anunciada pela Conab. O que fez com que os preços das commodities despencassem, prejudicando o produtor brasileiro. 

“Quem precisava vender para fazer caixa foi prejudicado, pois teve que vender no pior momento, com os preços pressionados para baixo. E quem está com a produção na mão também vai sofrer, pois se os preços reagirem, vão reagir pouco.” 


Quebra de safra e queda da produtividade

Quem também reforça a importância das previsões serem próximas da realidade do campo é o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), Antônio Galvan. A estimativa de fevereiro do IBGE para a soja foi de 149,3 milhões de toneladas, e vem sofrendo quedas sucessivas nos últimos meses, até que se chegasse a esse resultado. 

“O ajuste é normal. Nós temos ainda mais de 40% da soja brasileira no campo, para ser colhida, e temos ainda as regiões com bastante problemas. Menos problemas climáticos nesse momento, mas com problemas de doenças.” 

Com destaque para os estados da região Sul — que ainda têm muita soja para colher e estão sofrendo muito com as doenças. Galvan cita a Ferrugem Asiática, que pode encolher as expectativas de colheita e reduzir a produção do grão nesta safra. 

Ferrugem asiática

A ferrugem asiática é um fungo que atinge as lavouras de soja desde 2001, principalmente no Sul do país. Os produtores se preocupam com a doença pelo seu alto poder destrutivo — já que, quando não controlada, pode provocar perdas de até 90% do rendimento de grãos, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). 

A ferrugem asiática da soja causa lesões nas folhas que costumam ficar amarelas e causar sua queda, resultando em redução do ciclo. 
 

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19/02/2024 03:50h

Taxa de desocupação cai no Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte — e sobe em Rondônia e Mato Grosso

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A taxa de desemprego caiu em apenas dois estados no quarto trimestre de 2023: Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte.  No período, 23 unidades da federação mantiveram estabilidade, enquanto Rondônia e Mato Grosso registraram aumento no número de desocupados. Em relação ao trimestre anterior, o desemprego recuou 0,3 ponto percentual, fechando em 7,4%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas do IBGE, explica o recuo. 

“Vale ressaltar que, regionalmente, apenas o Sudeste teve uma queda considerada estatisticamente significativa. Ou seja, a queda da desocupação foi mais concentrada nesta região e não tendo uma difusão grande nas unidades da federação. Com relação às atividades econômicas, as que mais se destacaram nesse quarto trimestre foram a construção; os serviços; e parte da indústria”, pontua.    

O economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) Fabio Bentes avalia que o recuo da taxa de desemprego foi pouco significativo, mas entende que os dados refletem uma fraqueza da economia no quarto trimestre do ano passado. 

“O índice de atividade econômica do Banco Central aponta para uma estabilidade na passagem do terceiro para o quarto trimestre de 2023. Portanto, em um período em que a economia não avançou ou avançou muito pouco, a tendência é que o mercado de trabalho acabe replicando esse baixo dinamismo da atividade econômica dos três últimos meses do ano passado”, afirma. 

Para o presidente do Sindicato dos Economistas de São Paulo, Carlos Eduardo Oliveira, é preciso implementar políticas de incentivo para reduzir  ainda mais o número de desempregados no país. O economista defende ainda que o Banco Central mantenha a rotina de redução de juros — atualmente em 11,25%. 

“Há necessidade de ampliar a política de geração de renda e de investimentos para as empresas. Têm que dar crédito. Só melhora a economia se der crédito para as empresas, aí elas vão estar contratando mais pessoas, máquinas, equipamentos e girando a economia como um todo.  Essa política tem que se ampliar”, defende o economista. 

No recorte anual, a taxa de desocupação no país foi de 7,8%, uma queda de 1,8 ponto percentual em relação a 2022. De acordo com o IBGE, são 8,5 milhões de pessoas desempregadas. Já a população ocupada chega a 100,7 milhões de pessoas, o maior patamar da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.

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Carteira assinada x informalidade 

A pesquisa mostra ainda que 73,7% dos empregados do setor privado tinham carteira de trabalho assinada no último trimestre do ano passado, com os maiores percentuais registrados em  Santa Catarina (88,2%), Rio Grande do Sul (81,9%) e Paraná (81,7%) — e os menores no Maranhão (48,9%), Piauí (51,6%) e Paraíba (54,9%).

Já a taxa de informalidade ficou em 39,1% da população ocupada. Maranhão (57,8%), Pará (57,4%) e Amazonas (54,6%) registraram os maiores percentuais. Por outro lado, Santa Catarina (27,6%), Distrito Federal (30,4%) e São Paulo (31,2%) tiveram as menores taxas. 

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14/02/2024 04:30h

Com resultado positivo em dezembro, setor fechou 2023 com alta acumulada de 2,3%

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Com o resultado positivo de 0,3% em dezembro, o volume de serviços no Brasil fechou 2023 com alta de 2,3%, na comparação com 2022. É o terceiro ano consecutivo de crescimento do setor, aponta a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do IBGE. 

Em 2021, os serviços registraram alta de 10,9%, enquanto em 2022 foi de 8,3%. Segundo o economista Cesar Bergo, embora mais tímido do que em anos anteriores, o crescimento do setor no ano passado deve ser comemorado. 

"Esse crescimento de 2,3% observado em 2023, embora seja mais modesto que 2021 e 2022, ainda é muito positivo, especialmente se considerarmos o contexto econômico global e os desafios enfrentados devido à pandemia. Essa expansão pode indicar uma recuperação gradual e sustentável do setor, sugerindo estabilidade e uma resiliência da própria economia brasileira", afirma. 

De acordo com o IBGE, o setor está 11,7% acima do nível observado em fevereiro de 2020, portanto, antes da pandemia, e 1,7% abaixo do ponto mais alto da série histórica – dezembro de 2022.

A última vez que os serviços cresceram por três anos seguidos ocorreu entre 2012 e 2014, quando o salto acumulado chegou a 11,3%. No entanto, a alta entre 2021 e 2023 é mais significativa, uma vez que o avanço foi de 22,9%. 

Rodrigo Lobo, gerente da PMS, elenca os segmentos que mais contribuíram para o desempenho positivo dos serviços no ano passado. "Para 2023, os destaques ficaram com os serviços de informação e comunicação, impulsionados tanto pela parte de telecomunicações como os serviços de tecnologia da informação e, também, com os serviços profissionais administrativos e complementares, com crescimentos mais importantes vindos de serviços de engenharia e da locação de automóveis", pontua.

Impulsionadas pelo transporte rodoviário de cargas, as atividades de serviços de transportes foram o terceiro que mais impactou positivamente o resultado do setor de serviços em 2021, diz Lobo. 

Efeito positivo na economia

Responsável por cerca de 70% da riqueza produzida no país, o setor de serviços é crucial para o bom desempenho da economia brasileira, lembra Cesar Bergo. Por isso, se o setor vai bem, a economia tende a se beneficiar disso. 

"O setor é importante por várias razões. Entre elas, a geração de emprego. O setor de serviços geralmente é intensivo em mão de obra, o que significa que um crescimento nesse setor pode também resultar em mais oportunidades de emprego. E, como temos observado, o ano de 2023 fechou com o menor nível de desemprego desde 2015. Também, não tenha dúvida, que você impulsionando o consumo, como o setor de serviços acaba oferecendo essa oportunidade, sobretudo no que diz respeito ao comércio varejista, dessa forma você estimula também a economia", completa. 

Dezembro

Em dezembro, três das cinco principais atividades do setor de serviços avançaram. O destaque foi o crescimento de 3,5% nos serviços prestados às famílias. "Vale destacar que, no mês de dezembro de 23, ela ultrapassa, pela primeira vez, o nível pré -pandemia, cujo marco é fevereiro de 2020. Era a única atividade que, até então, não havia se recuperado das dificuldades do pós - pandemia", ressalta. Além de terem ultrapassado o nível de fevereiro de 2020, os serviços prestados às famílias se encontram no maior patamar dos últimos sete anos. 

Já o indicador que mede o desempenho do turismo subiu 1,4% em dezembro. O segmento se encontra 3,6% acima do patamar observado antes da pandemia, embora 3,7% abaixo do ponto mais alto da série histórica da PMS. 

O transporte de passageiros, por outro lado, retraiu 1% no último mês do ano. Com isso, o segmento encerrou 2023 com uma queda de 0,7%. Segundo Lobo, o resultado é consequência do aumento dos preços das passagens aéreas.

Em dezembro de 2023, 24% dos municípios registraram aumento líquido de empregos de carteira assinada

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19/01/2024 20:35h

Resultado é o melhor em quatro meses

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O mês de novembro foi de crescimento para o setor de serviços no país. De acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE divulgada na última terça-feira (16), a receita do setor avançou 0,4% em relação ao mês anterior. 

O resultado positivo após três meses com números negativos se deve a queda da inflação, de acordo com a análise da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). 

O economista da Fecomercio Guilherme Dietze faz uma avaliação positiva do cenário, dando destaque principalmente para os segmentos do turismo.

“Na hora que você olha serviços prestados às famílias, desde alojamento, alimentação, transporte aéreo, todos tiveram forte crescimento no ano passado. Então isso significa que o turismo dentro do setor de serviços teve destaque importante para recuperação do setor; então de maneira geral a gente já esperava isso”, 

Mesmo puxando o resultado do ano como um todo para cima, com uma alta acumulada de 7,3% em 2023, em novembro o turismo registrou queda de 2,4% — maior retração mensal desde maio de 2022. Os reajustes nas passagens aéreas no fim do ano foram um dos principais responsáveis pelo avanço do índice geral de preços no país, segundo a CNC.

Beleza

Voltado principalmente para o público feminino, o segmento da beleza em geral cresceu 13,7% nos 9 primeiros meses de 2023, na comparação com o mesmo período do ano anterior. De acordo com os dados da empresa de análise do comportamento de consumo Circana, os produtos de maquiagem (+26%) e tratamento (+14%) são os campeões do ranking. 

Acompanhando essa tendência de crescimento, quem trabalha com serviços na área da beleza, como a designer de sobrancelhas Alana Soares, está otimista com o que está por vir em 2024. Segundo ela, os melhores períodos para a agenda de atendimentos em 2023 foram os das férias: no início, em julho e no final do ano. 

“Foi um ano muito bom com relação aos atendimentos  — e eu também estava saindo de um salão de beleza para começar a atender em domicílio. Agora, para 2024, além de continuar mantendo as clientes fixas que já tenho, o desejo é que a gente consiga atrair mais clientes”, comenta. 

Antes da divulgação do balanço de dezembro pelo IBGE, a CNC estima uma variação positiva de 2,5% no volume de receitas dos serviços para 2023. Já para 2024, a expectativa é que esse crescimento fique em 2,1%.

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22/12/2023 20:15h

É a primeira vez, em 31 anos, que o Brasil se declara mais pardo que branco

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Em 2022, cerca de 92,1 milhões de brasileiros se declararam pardos, o que equivale a 45,3% da população do país. Foi a primeira vez, desde 1991, que esse gru po se tornou o maior do Brasil. Os dados são do Censo Demográfico 2022: Identificação étnico-racial da população, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (22).

Segundo as informações, no ano passado, a parcela da população que se autodeclara branca diminuiu novamente, mantendo a tendência desde 2000, e tornou-se o segundo maior grupo, representando 43,5% da população total do país. Além disso, 20,6 milhões de pessoas se autodeclararam pretas (10,2%), 1,7 milhão se identificaram como indígenas (0,8%) e 850,1 mil se classificaram como amarelas (0,4%). 

Em comparação com 2010, a população negra registrou um aumento significativo de 42,3%, aumentando sua proporção na população total de 7,6% para 10,2%. Em relação aos pardos, houve um crescimento de 11,9%, fazendo com que sua proporção na população do país aumentasse de 43,1% para 45,3%.

A co-presidente da comissão de igualdade racial OAB-DF e especialista em direito racial, Patricia Guimarães, explica que além da cor da pele, outros fatores podem influenciar a autodeclaração como pardo: a ancestralidade, ascendência étnica mista e outras características fenotípicas, como formato do cabelo, boca e nariz.

“Não existe um critério biológico universal para determinar quem é considerado, já que raça é uma construção social complexa. Assim, temos uma dificuldade com essa questão da autodeclaração. Infelizmente ainda é uma luta constante para que as pessoas entendam que vamos buscar todas essas características físicas e antepassadas para poder se autodeclarar parda ou negra”, explica.

Apesar dos brasileiros que se declararam pardos terem superado o número de brancos, a especialista destaca que ainda é necessário fazer várias mudanças para que todos tenham os mesmos direitos e oportunidades, pois até este momento, não há igualdade para todos.

“Infelizmente ainda temos algumas barreiras a serem derrubadas, como o racismo estrutural, que é algo que está enraizado no nosso país e ainda é uma barreira para que a sociedade abra a porta de igualdade para as pessoas negras e pardas. No mercado de trabalho, que ainda tem muito que mudar, porque dificilmente você vai ser uma pessoa negra em um cargo de poder, em um cargo de líder, até porque a sociedade ainda não está preparada para isso, ela ainda não se abriu para que deixasse a pessoa negra atingir um cargo de ascensão sem sofrer discriminação”, avalia.

Municípios

No Censo de 2022, foi observado que a população parda predominava em 3.245 municípios do Brasil, o que equivale a 58,3% do total de municípios do país.

Analisando por regiões, a população parda destacou-se como o grupo com a maior representatividade na população residente da região Norte, compreendendo 67,2% da população nessa área geográfica. Da mesma forma, tanto no Nordeste (59,6%) quanto no Centro-Oeste (52,4%), os números superaram a média nacional de prevalência desse grupo étnico.

Censo Demográfico

Segundo o IBGE, o Censo Demográfico é uma fonte de referência sobre as condições de vida da população brasileira em todos os municípios e Distrito Federal. 

Para Patricia Guimarães, a pesquisa ajuda na elaboração de políticas públicas que envolvem características de cor ou raça. “Sabemos que 56% da população é negra ou parda, e dentro disso, sabemos que elas vêm de uma população que é mais carente. Então essas pesquisas são essenciais para que as políticas públicas atinjam a raiz do problema, sem elas, não tem como sair elaborando projetos de lei que não sabem nem quem atingir”, completa.

Veja mais:

Em 2022, 1,9 milhão de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos estavam em situação de trabalho infantil; aponta IBGE

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21/12/2023 14:15h

Além disso, havia aproximadamente 76,6% dos adolescentes com idades entre 16 e 17 anos inseridos em atividades econômicas estavam atuando informalmente

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A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) mostrou que o trabalho infantil cresceu no Brasil em 2022, com 1,9 milhão de crianças e adolescentes com 5 a 17 anos trabalhando. O número voltou a crescer após registrar queda em 2016 (2,1 milhões) para 2019 (1,8 milhão). As informações foram divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Além disso, entre 2019 e 2022, houve uma queda de 1,4%, de crianças e adolescentes entre 5 a 17 anos de idade, mas o número desse grupo etário em situação de trabalho infantil aumentou 7,0%, conforme aponta a pesquisa.

O advogado trabalhista Daniel  Dias explica que no âmbito interno, a proteção da criança e do adolescente é garantida pelo artigo 227 da de 88, no qual foi estabelecido que toda a sociedade, incluindo Estado, deve buscar garantir direitos para essa faixa etária.

“O trabalho infantil é aquele  realizado por crianças e adolescentes abaixo da idade permitida para a permissão de  emprego no país. No caso do Brasil, é vedado o trabalho a menores de 16 anos, salvo na condição de menor aprendiz, a partir dos 14”, informa.

A pesquisa do IGBE observou que em 2022, entre as crianças e adolescentes envolvidos em situação de trabalho infantil, 23,9% tinham idades entre 5 e 13 anos, enquanto 23,6% estavam na faixa etária de 14 e 15 anos, e 52,5% pertenciam ao grupo de 16 e 17 anos. 

Além disso, aproximadamente 76,6% dos adolescentes com idades entre 16 e 17 anos inseridos em atividades econômicas estavam atuando informalmente, totalizando 810 mil trabalhadores infantis informais. 

O advogado trabalhista avalia que oscilações comerciais, aumento do juros, redução da taxa de emprego e inflação podem ser considerados como fatores que contribuem para o aumento do trabalho infantil. “As famílias, por precisarem complementar a sua renda, buscam alocação na mão de obra do menor”, completa.

Segundo Daniel Dias, o trabalho infantil impacta negativamente o desenvolvimento do menor de idade. “Uma vez que prejudica a aprendizagem, reduz o contato social com as pessoas da mesma faixa etária, expõem o menor às situações de risco ocupacional, como acidente de trabalho, abusos físicos, psicológicos e morais”, alerta.

A pesquisa ainda mostra que cerca de 97,1% da população de 5 a 17 anos estavam matriculados em instituições de ensino em 2022. No entanto, essa proporção diminuía para 87,9% entre as crianças e adolescentes dessa faixa etária envolvidos em situação de trabalho infantil.

O maior destaque nesse recorte foi o grupo de 16 a 17 anos: 89,4% da população nessa faixa etária frequentavam a escola, enquanto apenas 79,5% dos adolescentes nessa mesma faixa etária e envolvidos em situação de trabalho infantil continuavam estudando, indicando uma redução significativa na proporção de adolescentes trabalhadores que permaneciam matriculados no sistema educacional.

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Pobreza caiu em 2022, aponta IBGE

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15/12/2023 03:55h

No ano e em doze meses, há um acumulado positivo desta taxa

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Em outubro de 2023, as vendas no varejo caíram 0,3%, frente ao mês imediatamente anterior. Entretanto, o ano registra um acumulado positivo de, aproximadamente, 2,5% e, e, frente ao mesmo período de 2022, 1,8%. 

Em outubro, cinco das oito atividades pesquisadas registraram quedas: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação; tecidos, vestuário e calçados; hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; combustíveis e lubrificantes; além de móveis e eletrodomésticos. 

Por outro lado, entre setembro e outubro de 2023, três dos oito grupamentos pesquisados mostraram alta: livros, jornais, revistas e papelaria; artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria; e outros artigos de uso pessoal e doméstico. 

Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE.
 

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